sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O TIC-TOC-TOC DE FALAR SÓZINHO


Basta observar, que aumenta a olhos vistos o número de pessoas que estão no maior bate papo consigo mesmas; conversam em voz alta com seus botões; na rua, dentro de casa, nas empresas nem tanto (no ambiente de trabalho, as pessoas se vigiam mais; pois, a chefia pode achar que estão malucas; e podem ser mandadas embora).
- Porque desandamos a falar em voz alta para nós mesmos sem freios? – Que razões levaram o antigo conversar mental com nossos botões a conversas á italiana; e até, a verdadeiros discursos para as paredes? – Sempre em altos brados de menor ou maior volume.
- Falar para si mesmo é um tipo de TOC (transtorno obsessivo compulsivo) quando a mente está esvaziada de idéias construtivas, metas e objetivos; daí, ela passa a trabalhar em circuito fechado; falando para a própria sombra.
- Será que não estamos sendo ouvidos?
- Estamos nos sentindo muito sós?
- Incompreendidos?
- Será que a verborréia mental deve ser expressa através da fala para não enlouquecermos mais do que já estamos?
- Qual o papel do estilo de viver em estresse crônico nessa doidera coletiva?

A caricatura do falador consigo mesmo; á moda antiga; era a do maluco beleza. A imagem que costuma vir á nossa mente quando falamos sobre isso, é a do sujeito tipo andarilho que vagueia pelas ruas sem eira nem beira. Algumas pessoas ficavam penalizadas, outras fugiam, passavam ao largo dos antigos e até dos modernos discursadores de rua; ainda.
Origens?
O processo mais comum nesses casos é a paranormalidade ou a velha mediunidade em descontrole.
Qualquer um pode ficar maluco; ao ouvir o que os outros não ouvem; e ao ver o que as outras pessoas não enxergam – nesse caso, nossos colegas do astral são mais reais do que os encarnados que nos evitam; porque estão sempre presentes na nossa vida; não se afastam; não fogem de nós, como os outros colegas de 3D – são nossos amigos para o que der e vier...
Claro que o álcool e drogas podem acentuar o processo; talvez, isso tenha produzido essa pecha de desprezo social nos esquisitos, nos diferentes. Eles são tolerados apenas pelo fato de serem considerados seres estilo: maluco beleza; caso contrário estariam internados em manicômios.

Mas, muitos casos de gente que discursa para si mesmo podem ter começado de forma bem corriqueira e nada paranormal; mas, de forma bem normal; no contexto dos valores da atual real sociedade:

VOCÊ! – VOCÊ MESMO!
NÃO SE ENXERGA, NÃO?

Está reprovado!
Não serve!
Está fora do contexto!
Volte outra hora!
Não passou no concurso!

Isso é muito mais do que uma pergunta ou uma frase.

Um verdadeiro e radical ato cirúrgico de convivência humana; cada vez mais complexa e sofisticada – até um levanta os braços...
Sempre, e cada vez mais, é possível tentar excluir as outras pessoas de muitas formas sutis ou trogloditas...

Um olhar de cima para baixo.
Uma torcida de nariz.
Um súbito virar as costas e sair rebolando ou pisando duro.
Uma mudez repentina quando alguém chega.
Um dá licença que estou com pressa.
Espera aí, esqueci uma coisa e já volto.
Um olhar ausente.
Uma cara de enfado.
Infelizmente; não atendeu aos requisitos.
Um; não tenho trocado...

Você não se enxerga não?
Essa pergunta/atitude é responsável por muitas sensações de aperto no peito; seguida de um friozinho na barriga causada pela sensação de ser; de estar inferior ou fora de lugar – logo, logo o sujeito pode começar a falar só, apenas para si mesmo – e breve em voz alta.
A sensação de tentar ser excluído como uma coisa é sempre dolorosa, mesmo para aqueles chatos descuidados que se tornam inconvenientes em qualquer lugar onde se encontrem.

Quantas vezes já nos sentimos assim?
Quantas outras já fizemos com que alguém se sentisse dessa forma?

Esse tipo de atitude pode ajudar a matar esperanças.
A destruir a comunicação natural entre nós, até destruir uma vida...

Claro que cada um de nós pode arrazoar muitos motivos para falar para si mesmo em voz alta. Mas, que não é bom sinal; isso, não é.

Se a pessoa estiver gesticulando para si mesma – cuidado com o julgamento, ela pode ser um surdo-mudo falando com seus botões...

Quem não anda discursando para si mesmo: Levanta a mão!
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O que pode e o que não pode ser mudado em nosso destino.

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Quem ama; se cuida.

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