Numa época de vida a mil por hora; não há verniz social que resista aos conflitos de interesse nem sempre explícitos e percebidos. No corre – corre do dia a dia torna-se complicado entender o não ir com a cara do outro sem motivos aparentes. Fica difícil responder a nós mesmos perguntas do tipo:
- O que fiz para essa criatura agir assim comigo?
- De onde vem essa antipatia gratuita?
- Nunca vi essa figura mais gorda ou mais magra – nunca conversei com ela; mas, sei que ela não gosta da minha pessoa; nem eu dela!
Os iguais não se bicam; personalidades semelhantes tendem a se repelir – não é fácil encarar de frente nosso lado escuro; nossa forma de ser e de reagir mais negada. A aparente dificuldade é pelo fato de tentarmos esconder uns dos outros; tendências; impulsos; predisposições; que não são bem vistas; pelo grupo social a que pertencemos.
O desconforto na interação, é porque elas nos desnudam; e isso, nos amedronta.
Ao tentar camuflar características; o medo de sermos descobertos; julgados; criticados nos causa desconforto; tal e qual fazemos com os outros. Daí que, quem mais tromba conosco; tem uma personalidade que é a nossa cara.
Na psicologia chama-se essa postura de Projeção.
Costumamos medir os outros; com nossa próprias medidas; com nossa régua. Nós nos projetamos em algumas pessoas; o que funciona como repelente; pois, imaginamos que sintam por nós; o que sentimos por elas. O temor de que são capazes de atitudes que nos prejudiquem nos assalta; quando nós é que podemos lesá-las.
Quem se encontra atento; pode usar a projeção como valioso recurso de auto – conhecimento para formalizar um trabalho de reciclagem do lixo da sua personalidade.
Nem é preciso ajuda externa; basta observar. Á vezes; o que mais detestamos no outro; pode muito bem estar em nós. estamos nos projetando.
Sempre que isso acontecer é bom questionar com nossos botões:
Essa pessoa não vai com a minha cara? – Ou, eu que não vou com a dela? – No começo é complicado; pois como é um tipo de identificação negativa; quase sempre é negada pelo nosso ego.
Dica da hora:
Uma das características mais presentes nesses relacionamentos é a inveja; um sentimento que a maioria de nós tem e nega; ele torna essa identificação; muito negativa. Quando o santo não bate com o do outro; é preciso checar se há na jogada: inveja; ciúmes; orgulho ferido.
Parte do processo também pode ser explicado pela física: ondas, vibrações, reflexão, sintonia, ressonância.
Somos emissores e receptores de ondas mentais - Quer tenhamos consciência ou não; pensamos, sentimos e agimos sem descanso.
Isso, cria um campo vibratório eletromagnético. Que se irradia de nós e, interage com o dos outros. Essa interação gera sensações boas ou ruins. Prazerosas ou não. Quando dizemos que o nosso santo não bate com o de alguém; estamos dizendo; que os campos vibratórios se repelem.
A repulsão de iguais, é um fator bem comum; especialmente nas relações continuadas: vida em família; no estudo; no trabalho.
Quem sabe um dia será possível dizermos a respeito dessas pessoas: em tal lugar há uma pessoa que era a minha cara...
esse assunto é bem denso! É preciso muita auto-honestidade em algo que gostaríamos q fosse completamente o oposto (não gostamos pq não nos parecemos e ponto).
ResponderExcluirFlávia CL
Flávia.
ResponderExcluirDesenvolver a honestidade íntima é um longo caminho de reeducação a percorrer.
Comigo já aconteceu o contrário...ver alguém relativamente "parecido" comigo em vários aspectos e isso me causou uma "simpatia gratuita"...
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