A COP – 15 – CRÉDITOS DE CARBONO: MAIS UM REMÉDIO NA PRAÇA - INVENÇÃO DE MAIS UM PLACEBO - DOTADO DE PERIGOSOS EFEITOS COLATERAIS?
Inegável que o planeta está doente e pode morrer durante a cirurgia; pois a junta médica de chefes de estado convocada para atendê-lo tem interesses conflitantes e focos diferentes - da mesma forma que acontece conosco no decorrer dos tratamentos; o processo pode ser apressado pela ação dos efeitos colaterais dos remédios que mitigam os sintomas e dos que forçam o organismo a uma adaptação – Exemplo: um paciente de 20 anos que recebe a indicação de usar um “regulador da pressão arterial” até o fim da vida (em quanto tempo se dará esse final da vida?) – esse adaptador de condições orgânicas poderia ser substituído, na maioria dos casos, por um par de tênis; camiseta e short para 15 minutos de caminhada todos os dias - de quebra equilibraria a glicemia, diminuindo a chance de um diabetes tipo 2 - sem falar na possibilidade de diminuir o estresse e até perder uns kg – no entanto, o doente prefere o remédio (sem ler a bula; claro, pois pode ficar tentado a não tomar) que pode abreviar sua vida, a resolver de vez o problema – Por que? – Pergunte ao doente mais próximo...
Claro que o clima dos interesses esquentou em Copenhagen; até porque alguns chefes de estado estão em plena campanha eleitoral e outros estão sendo acuados pelos interesses de quem os mantêm no poder – O pior, o que nos diminui a esperança de algo inteligente e concreto para a cura do planeta, é que, na verdade todo o blá blá blá na COP 15 pouco tem a ver com soluções para o clima; resume-se á criação de uma nova moeda verde lastreada em créditos de carbono – como sempre fonte de renda para alguns e desastre para o paciente Gaia (monoculturas de eucaliptos e similares) – além, é claro, do efeito colateral da corrupção de várias formas na hora de distribuir o bolo financeiro. A moeda verde produzida nos laboratórios das finanças é colocada como um remédio e os créditos de carbono se assemelham a um seguro saúde; desses que te trazem algum conforto na hora de morrer ou prolongam um pouco mais tua agonia.
Na verdade: Doença é pura falta de educação.
Nossas doenças e também as do planeta é apenas falta de educação (pouco a ver com instrução) e como decorrência: falta de planejamento.
Na década de 80; fruto de nossas observações a respeito de saúde, doença e cura; escrevi a introdução do livro: “Saúde ou doença: a escolha é sua”.
As discussões de hoje em torno da continuidade da vida “baseada” na visão da ecologia e auto-ecologia têm tudo a ver com as discussões sobre como cuidar da saúde das pessoas e do próprio planeta.
Apenas para mostrar que a vida é uma teia - Vamos mixar conceitos de saúde humana com conceitos de saúde planetária; tanto os de momento quanto os antigos; para perceber que a Verdade é única e que somente ela nos libertará do jugo dos interesses das mentes sombrias – E que ao aprendermos a cuidar de nós estaremos cuidando também do planeta.
“A idéia de que curas são vendidas como sabonetes fixou-se e hoje é real. Buscamos a cura como se procuram mercadorias num mercado; não queremos nos curar queremos ser curados não importa de que forma e a que preço, muito menos medimos conseqüências.
A cura como necessidade de mudanças definitivas na forma de pensar, sentir e agir, de reformular hábitos e eliminar vícios prazerosos é evitada, pois, às vezes exige decisões contundentes na maneira de escolher, separar, avaliar.
O resultado é que esse tipo de busca não representa uma decisão séria de cura da nossa parte; uma opção verdadeira entre diferentes meios de vida, pois enquanto alguém achar que pode comprar saúde, outro pensará ser capaz de vender cura; Pior, outros mais espertos tentarão intermediá-la.
Nada resolve tudo e, a medicina e o método científico não são exceções à regra. Quando totalmente atrelada à razão científica ela é neutra quanto a fins, e irremediavelmente, incapaz de responder à questão de como viver, para que viver; Ora, parece que viver, é apostar na liberdade de pensar e escolher.
A metodologia científica, não nos diz como usar essa liberdade e o que fazer de nossas vidas. Qualquer ato de escolha, por mais simples que seja, ultrapassa a esfera de competência da ciência. Então, a saúde ou a doença passa a ser principalmente questão de filosofia de vida; é uma escolha como outra qualquer, envolve todos os nossos sentidos e capacidades, nem sorte, nem azar, nem destino.
Opção feita; aguardem-se as conseqüências.
O homem é um ser insaciável; acreditamos que a vida existe apenas para nos dar prazer e, na ânsia de aproveitá-la, corremos para os braços da morte. Existe um apetite desgovernado por sensações e, a nossa capacidade de assimilá-las e integrá-las a um projeto de vida que faça sentido ainda é diminuta. Daí, a necessidade e a importância da doença, que regula a seletividade natural do uso do livre-arbítrio.
Durante a leitura é possível que o leitor veja a doença com outros olhos e conclua que: Doença tem finalidade, sim...
... Um convite à mudança de comportamento e, um alerta para o uso sistemático da razão que duvida, investiga e que conduz cada um a ter as próprias convicções, com base no “conhece-te a ti mesmo” (Sócrates).
Um dos objetivos é propor que cada um crie uma forma própria de viver que resultará no seu conceito de realidade, que é único. Elaborado segundo observações e comprovações baseadas em fatos cotidianos e experimentais. Somos criaturas interdependentes e, portanto, nossas visões do mundo devem harmonizar-se, integrar-se, mas não podem ser cópias umas da outras; embora alguns fatos sejam comuns: “aquilo que todo mundo sabe” ou “aquilo que não é preciso dizer”.
É também, um aviso para o perigo de crer sem questionar; pois em tempos de globalização há sobrecarga de informação. Hoje somos bombardeados de apelos, cercados de sons, rótulos, slogans e imagens por todos os lados, e assediados por apelos os mais desconexos em assuntos de saúde. Na atualidade, sempre há alguém querendo nos vender saúde, é preciso cuidado para não comprar doença. Vale a pena aplicar o sábio conselho de Jesus “Devemos ser mansos como as pombas, mas prudentes como as serpentes”; crer por crer é perigoso e doentio; daí, um dos medicamentos definitivos para a cura é a reflexão constante...
...Tradicionalmente a doença é vista como algo impessoal, fortuito e ocasional; tentamos negar nossa participação na sua origem; tanto que a diretriz das pesquisas está sempre assentada na busca de culpados externos ao indivíduo: DNA, vírus, bactérias, acidentes, etc. também na busca da cura procuramos nos entregar a resultados de exames e a decisões dos profissionais, sempre na tentativa de fugirmos da responsabilidade.
Leitores dotados de visão de mundo extremamente materialista, e os muito rígidos em reformar conceitos, terão dificuldades em finalizar a leitura. Por outro lado, quem conseguir ler o livro até o final nunca mais será o mesmo; isso, eu posso garantir, com certeza”.
É uma pena que a COP 15 esteja sendo realizada numa fase de melhora do paciente Gaia (tomara que não seja a tradicional melhora da morte); explico: estamos num momento climático ameno; as previsões a respeito dos possíveis efeitos do El Nino que se avizinha; indicam que ele pode proporcionar algo assim do tipo: SP durante dois meses, literalmente debaixo d’água – Terminado o já finado e quase natimorto evento, poucos vão se lembrar do que foi dito; e vai ficar o dito pelo não dito – talvez o prefeito e outras “otoridades” possam relembrar o efeito estufa...; mas, para o povão vai soar a desculpa, falta de vergonha e de planejamento – pois é; sofremos de um mal humano crônico: a falta de planejamento em todos os sentidos possíveis. Até em coisas bem primatas, como optar por fumar e adquirir câncer; e depois ficar choramingando ou pondo a culpa em Deus e no destino. Mesmo na relação com a natureza há tragédias mais do que anunciadas: ocupar as várzeas dos rios e depois conviver com enchentes; desmatar e construir em encostas e depois despencar junto com a terra – mais grave, pois, os efeitos chegam a longo prazo (será)?: envenenar a terra e os aqüíferos com todo tipo de veneno.
Assim como para a cura de nossas doenças, não há interesse real em ir ás causas, ficamos apenas maquiando os efeitos – fazemos a mesma coisa com os problemas do planeta.
Alerta: acreditar piamente nas previsões e nos estudos científicos é tão sem sentido quanto acreditar cegamente nos exames de laboratório e nos diagnósticos e na indicação de tratamentos. Em momentos de perigo é bom ativar o sensor do raciocínio crítico e confiar na intuição.
Esperança? – Se o amigo praticar o kit de sobrevivência para se livrar dos efeitos do estresse crônico, pode escapar da previsão: nosso corpo físico não suportará por mais cinco anos as escolhas malucas que nossa mente vem fazendo. Sobre o kit de sobrevivência do planeta falaremos numa próxima oportunidade.
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