FILHO - ACIDENTE DE TRABALHO.
Vivendo e aprendendo. Próximo ao meu local de trabalho, um prédio de médicos, dentistas e profissionais voltados para a saúde – Centro Médico - há uma dessas casas de massagem (disfarce para a prostituição) – gosto muito de puxar prosa e ouvir - dia destes, voltando do almoço, recolhi material para pensar e repensar muito. Ouvindo o pessoal que trabalha ali no prédio, pesquei a seguinte conversa: - Sabe aquele lugar assim - assim? – Pois, é vi duas crianças brincando na varanda, agora mesmo na hora do almoço – que horror! - Imagina a situação de uma mãe que é obrigada nas férias a levar a criança para o serviço! E outros comentários foram feitos, na base da chacota: - Vai ser um grande juiz de futebol! Um famoso político!... Mas, dentre todos, que nem vou me ater a eles; um me deixou muito pensativo e pesaroso: - Quem sabe o nome da criança seja: acidente de trabalho! – Vai dar em bolsa – família ou alguma coisa parecida...
Comecei a pensar, e até começar a atender os pacientes da tarde; questionei a paternidade e maternidade. Quantos de nós fomos desejados e planejados? – Questionei minha situação; por que tivemos quatro filhos? – Fomos chamados de irresponsáveis pela família – Não sei explicar; a meta era dois filhos; não fomos descuidados; mas vieram mais dois – Será que se fossem apenas os dois planejados teria sido mais fácil educá-los? - Na maior parte das concepções; planejamos ou procriamos? – Será lei de resgate ou falta de responsabilidade? – Quem cria um cria dez? – Criar (manter vivo) é a mesma coisa que educar? – O que é educar? – Estou dando chance para espíritos reencarnarem? - Ou estou ajudando a poluir o planeta com espíritos que serão deportados para outros orbes de qualquer forma? – A maternidade e a paternidade irresponsável será o ralo do umbral grosso? – Nem sempre; pois conheço pessoas que praticamente foram concebidas como acidente de trabalho; mas, que se mostraram valorosos espíritos a serviço do bem – claro que em termos estatísticos; as crianças que se criam em lares melhor constituídos têm mais chance de uma vida digna e produtiva.
A idéia desta conversa é reavaliar a importância de nossos filhos em nossa vida – em que lugar eles estão na escala de prioridades?
Confesso que ando meio sensível e chorão; mas, me coloquei no lugar daquela mãe que, com certeza não se orgulha da sua profissão; e teve que levá-lo consigo; claro que provavelmente não tem com quem deixar seu filhinho; e nesta época de férias as creches fecham – vale a pena começar um movimento para que continuem funcionando sem parar – pois, quem deixa filhos em creches é por que não têm outra opção. Mas, o que teria eu feito no lugar dela? – Abortado ao saber que estava grávida? – Jamais, ser contrário a ele já está no meu DNA – o que está feito, está feito, vamos em frente – Deixá-lo com pessoas que não conheço? Só dentro de casa? – Acorrentado? – Enfim, há muitas possibilidades de aprendizado e de mudança de atitudes com relação ás outras pessoas, suas dificuldades, dores, erros e acertos; se usarmos o recurso da projeção e da empatia (colocar-se no lugar do outro). E daí, amigo leitor; o que faria você? – Melhor ainda; o que faz de sacrifícios (nada ou pouco a ver com $ ou tempo) para educar os seus?
Paz.
Educar um filho...
ResponderExcluirTarefa difícil e que poucos estão preparados. Pensando bem não sei se não estamos preparados ou se não queremos estar preparados.
Sacrificios pelos filhos também não sei se fazemos, vivemos dentro de um egoísmo tão grande que não somos capazes de olhar o outro. Grandes discussões poderemos fazer sobre isso.
Elaine