A dor física e o sofrimento moral são polaridades do prazer e da alegria capazes de nos levar a um estado de sanidade permanente. Dita o bom senso que não devemos fugir da tristeza nem da dor; pois, dominar essas condições que chamamos de adversas, é condição essencial para a conquista do equilíbrio ou maturidade em todos os sentidos. Mas, para tirarmos proveito da dor e do sofrer é preciso acima de tudo entender sua origem; enquanto não assumirmos o desprazer e a dor como efeito de nossas escolhas continuaremos como masoquistas da evolução. O caminho da dor pode se tornar uma estrada santa de aprendizado ou uma forma pouco inteligente de avançar; a escolher.
A doença vista como sofrimento pode tornar-se uma ferramenta útil de progresso; desde que a aceitemos como fruto de nossa forma anterior de viver (nada a ver com Deus quis ou deixou de querer; muito menos como azar ou destino); o próximo passo, é que sinceramente, nos esforcemos para mudar nossa forma de pensar, sentir e agir – claro que devemos buscar ajuda para a cura definitiva conforme colocamos em nosso livro “Saúde ou doença: a escolha é sua”; mas, se não movimentarmos conhecimento, desejo e trabalho; as recaídas serão cada vez mais próximas.
Nosso bate papo de hoje é sobre a temporada de rotavírus que se aproxima; pois é uma virose com maior incidência durante o verão
1. Descrição da doença - a infecção varia de um quadro leve, com diarréia aquosa e duração limitada a quadros graves com desidratação, febre e vômitos. Praticamente todas as crianças se infectam nos primeiros 3 a 5 anos de vida, mesmo nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, é a principal causa de diarréia grave. Estima-se que essa doença seja responsável por 5 a 10% de todos os episódios de diarréia em crianças menores de 5 anos. Ela também aparece como causa freqüente de hospitalização, atendimentos de emergência e consultas médicas, sendo responsável por consideráveis gastos médicos. Crianças prematuras, de baixo nível sócio-econômico e as pessoas com deficiência imunológica parece estarem sujeitas a doença de maior gravidade.
2. Agente etiológico - é um RNA vírus da família dos Reoviridae, do gênero Rotavírus.
3. Modo de transmissão - rotavírus são isolados em alta concentração em fezes de crianças infectadas e são transmitidos pela via fecal-oral, por contato pessoa a pessoa. A máxima excreção viral se dá no 3º e 4º dia a partir dos primeiros sintomas, no entanto, podem ser detectados nas fezes de pacientes mesmo após a completa resolução da diarréia.
4. Período de incubação – varia de 1 a 3 dias.
5. Conduta médica e diagnóstico: - A. a anamnese feita com cuidado, com dados de história, antecedentes epidemiológicos e o exame clínico podem sugerir fortemente a infecção pelo rotavírus, no entanto como as manifestações clínicas da infecção não são específicas, a confirmação laboratorial é necessária para a vigilância epidemiológica e pode também ser útil em situações clínicas. Na forma clássica, mais freqüente em crianças de 6 meses a dois anos, a doença se manifesta como quadro abrupto de vômito, que na maioria das vezes precede a diarréia, e a presença de febre alta. É comum observar-se formas mais leves ou quadros subclínicos entre adultos contactantes. Em crianças até os 4 meses pode haver infecção assintomática, aventando-se a ação protetora de anticorpos maternos e do aleitamento natural. A diarréia é caracteristicamente aquosa, com aspecto gorduroso e caráter explosivo, durando de 4 a 8 dias. Variações do quadro clínico através de infecções aparentes ou não; parecem guardar correlação com o sorotipo, enquanto que nas reinfecções, na maioria das vezes se evidenciam variedades antigênicas. A época ideal para detecção do vírus nas fezes vai do primeiro ao quarto dia de doença, período de maior excreção viral.
6. Tratamento – por ser, em geral, doença auto limitada, com tendência a evoluir espontaneamente para a cura, o fundamental do tratamento é prevenir a desidratação e distúrbios hidreletrolíticos. Não se recomenda o uso de antimicrobianos. Não há terapêutica específica para combater o rotavírus; Em nossa experiência clínica confirmamos que a Homeopatia forneça resultados muito expressivos ao abreviar o processo de cura. A orientação atual é de manutenção da dieta alimentar normal respeitando a eventual perda de apetite. Eventualmente pode ser necessário recorrer à hidratação parenteral, se a oral não for suficiente para a reposição de fluidos e eletrólitos. Não se recomenda o uso de antidiarreicos.
7. Condutas epidemiológicas, sanitária e educativa - 1) notificação em caso de surtos: deve ser imediatamente notificado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica Municipal, Regional ou Central para que sejam desencadeadas as medidas as de controle bem como as necessárias à identificação do agente etiológico. O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo mantém uma Central de Vigilância, funcionando ininterruptamente que além de receber notificações pode orientar quanto a medidas a serem adotadas, através do telefone 0800-55-54-66.
Retornando á idéia central: podemos usar doenças, no caso, a infecção por rotavírus e outros tipos de diarréia como recurso pedagógico na reforma de hábitos, especialmente a dieta. Analisemos (pensar não dói); o vírus comprometeu o aparelho digestivo; daí, o organismo de súbito se defende com a letargia, o aumento da sede e a perda quase total do apetite; pois não fosse assim, a sobrevivência ficaria comprometida. É incrível como centenas de experiências desse tipo não “abrem nossa cabeça” quanto á relativa necessidade de comida para melhor saúde e até para continuarmos vivos. Os adultos forçam a comer mesmo sem fome por que foram amestrados para pensar dessa forma; já as crianças resistem mais a esse adestramento e, quanto menor a idade; maior a recusa; já as crianças maiores rendem-se ao suborno das guloseimas, reforçando a dieta seletiva, tornando-a um vício.
Como usar uma bela diarréia de final de ano com inteligência e sobriedade? – Simples, como nos recomendou Mestre Jesus com a idéia do “Bem aventurados os aflitos”. Se você perdeu dois ou três quilos; tente não recuperá-los. Se o amigo perdeu o gosto pela comida; tente não recuperá-lo. Depois de cada experiência desse tipo deveríamos sair mais limpos, e mais simples – bem mais leves, em todos os sentidos. Use a vivência para aprender a beber água cristalina, pura e simples, sem aditivos de qualquer espécie. Use sua imaginação e catalogue quantas conquistas espirituais é possível fazer com o recurso da dieta (em nosso livro: “Quem ama cuida” catalogamos apenas algumas dezenas – suas experiências são bem vindas.
Bem vinda a diarréia purificadora, as cólicas que nos relembram as “pisadas na bola” e os nojentos vômitos que nos refrescam a memória quanto aos excessos cometidos.
Em tempo: nosso sistema imunitário depende do equilíbrio de nosso sistema emocional e afetivo. A melhor vacina contra esses males que nos afligem, chama-se reforma íntima.
A DOENÇA COMO REMÉDIO - não é um slogan masoquista - apenas uma dica de Mestre.
Paz.
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