A MEDICINA DO FUTURO
O que se espera da moderna medicina
O ato médico não deve apenas intervir na vida e na condição de saúde do doente. Mas, ajudá-lo a conhecer a si mesmo. Pois, proporciona auto-encontro, o que torna possível identificar as causas reais dos distúrbios que nos afetam e que nos ajudam buscar soluções próprias para a resolução dos problemas. Da forma como é feito hoje, o doente apenas executa um pensamento de outrem. Pouco se entrelaçam, paciente e médico nas responsabilidades da busca da cura. O doente costuma entregar as decisões “nas mãos dos médicos”, desta forma, sua individualidade pouco cresce. É preciso compartilhar, dividir as responsabilidades. O doente precisa ser ajudado a perceber com clareza e simplicidade que a estruturação da sua condição psicológica estabelece no corpo uma freqüência vibratória, um ritmo, capaz de desvirtuar o funcionamento normal. Muitas comprovações científicas da atualidade mostram que o corpo obedece aos comandos da energia gerada pelo pensar e que virtude e crime, trabalho e ociosidade, verdade e simulação, boa vontade e indiferença, geram vibrações diferentes. Conseqüentemente, quem detém algo mais ou algo menos de cada uma, situa-se em freqüência vibratória particular. Capaz de produzir somatizações. Na atividade médica por excelência (educar para a saúde); é vital mostrar a necessidade de buscar conhecimento e desenvolver vontade para conseguir a cura definitiva, através da mudança da freqüência do pensar-sentir-agir. Um objeto, um vegetal, um animal não pode remodelar-se a si mesmo, mas, é possível a uma pessoa mudar ativamente a sua condição física, mudando a estruturação psicológica de sua vida. Se alguém apresenta um padrão constante de medo quando libertar-se, isso se reflete no corpo físico, muda o estado de saúde; mas, para isso, é preciso estar consciente da condição psicológica particular e, objetivado.
A medicina precisa capacitar-se a ajudar o doente a reformular hábitos e eliminar vícios. Todos os fatores ligados ao tipo de vida, como: sedentarismo, álcool, fumo, estresse etc., são totalmente removíveis e estão por trás das doenças, pois são capazes de produzir doenças físicas. Qualificando-os, sem meias medidas como fatores de risco para as doenças, e mostrando claramente como se associam em conjunto cuja importância avulta com a associação. E deixar claro que os fatores ligados às condições endógenas e psicológicas são parcialmente removíveis habitualmente e, com boa vontade podem ser eliminados para sempre. Fatores familiares e hereditários permanecem durante toda a existência, pois tem tudo a ver com escolhas anteriores do próprio doente. É necessário identificá-los e aprender a respeitar as limitações oferecidas ao corpo, de modo a prolongar ao máximo a existência. Essas são verdadeiras e naturais normas preventivas de saúde. Estar consciente disso, não é pré-condição para a cura temporária. Mas, quando se trata da cura definitiva, aí sim, estar consciente da condição psicológica e do tipo de vida que se leva e sua interação na formação das doenças, é condição sine qua non para a resolução definitiva ou cura radical.
A medicina moderna deve intervir nos sintomas apenas até que, o organismo tenha tempo de curar a si mesmo, pelo esforço de reestruturação do pensar-sentir-agir do doente, auxiliado pelo profissional de saúde. Alongando seus horizontes a medicina tratará as doenças de terapias menos violentas, menos amputadoras. A cirurgia do futuro, por exemplo: será a cirurgia moral. Da medicina em construção hoje em várias frentes de trabalho todos ansiamos, de pacientes a terapeutas, por uma medicina moderna, holística e eficaz. Mas, pena que ainda pouco fizemos para merecê-la.
A medicina do futuro e a cura definitiva: cura é o desaparecimento da doença. Mas, doença é criação humana, não da Natureza. Portanto, a busca da cura é de responsabilidade humana, não da Natureza ou Divina e comete grave infração à lógica quem solicita ou cobra de Deus ou da Natureza a sua cura. A medicina do futuro não comporta nem realimenta o pensamento imaturo, de curas mágicas. Requisitos da realização da cura: desejar é vontade ativa. Seguido de saber desejar, que é, trabalho persistente. Termina em merecer ou sintonizar-se, que é o mecanismo justo, resultante da somatória de todos esses fatores.
A medicina do futuro não comporta o mercantilismo, pois a cura real e definitiva não pode ser comprada ou vendida, é conquistada. A cura definitiva deve estar embasada no conhecimento, que é o conjunto de informações recebidas e assimiladas por cada indivíduo, além disso, é necessário checar as informações para adquirir consciência e aprender a discernir para pô-las em prática. Saber discernir entre o certo e o errado nas informações médico-científicas da atualidade, implica também, em eliminar o mercantilismo na área de saúde. Aos mercantilistas interessa criar o equívoco, “obnubilar” o doente ou o candidato a doente, fazendo com que ele entenda a informação como lhes interessa no momento e a informação interesseira é doença altamente contagiosa e perigosa, pois, transforma inocentes preguiçosos em ingênuos ignorantes, úteis a interesses escuros. Difícil e lenta tarefa essa, pois se consegue eliminar o mercantilismo da saúde, especificamente, sem eliminá-lo das outras relações humanas.
A medicina do futuro será a medicina do homem renovado que aprendeu a cooperar ao invés de competir e explorar. E que após superar as suas deficiências presentes, receberá mais amplo auxílio da medicina, adquirindo saúde integral. Resultado da perfeita consciência de amor e respeito à vida, com pleno equilíbrio perante as leis cósmicas. No momento, o homem do presente tem a medicina do presente, que o representa muito bem.
A medicina do futuro valoriza o eticamente saudável, por conhecer as leis de evolução e a interdependência de questões que predispõe à doença ou fomentam o bem estar. Constata a necessidade de equilibrada observância de itens de natureza ética. A preservação da saúde moral do autoconhecimento, do cultivo e da vivência de idéias estimuladoras do progresso, da harmonia e do bem estar geral, que mantém a dinâmica do equilíbrio energético e irrigam a vida com paz, sustentando-as em níveis elevados, o que melhora o rendimento existencial. Essa nova medicina mostra ao doente que ele é merecedor perante si mesmo e coletivamente e que é o responsável próximo ou remoto por tudo quanto lhe sucede, conforme aspira, delineia, de acordo com o que quer, ocorre. Auxilia a perceber a lei de causa e efeito, pois somente quando o homem assume as culpas delas reabilitando-se e as responsabilidades aplicando-as a uma vivência correta é que a consciência agirá com equilíbrio. Então: é que ocorrerá a integração do indivíduo na vida, com plena saúde e a paz do sentir-se feliz. Já que ninguém consegue fugir indefinidamente de sua realidade. E isso é da lei da matemática justiça natural.
A medicina do futuro combate o reducionismo exacerbado, na busca da cura, o efeito mais imediato não deve ser o único a receber atenção total, é preciso atender a todos os aspectos construtivos do ser. Todo tentame em favor do equilíbrio, deve fundamentar-se na transformação do pensar-sentir-agir do indivíduo e na sua recomposição emocional. Não perdendo de vista as leis naturais de evolução o terapeuta alarga seus horizontes de ação e trânsito por diferentes métodos que se ampliam, indo desde as experiências psicológicas às psicofobísticas, dos acontecimentos ambientais ao ecológicos e sociais, dos morais aos econômicos, tornando-se um verdadeiro sacerdote do bem e não apenas um mero, um reles semeador de conseqüências. Está em permanente sintonia com a ecologia, a preocupação com o verde. A harmonia com o meio ambiente e a sua preservação fazem parte do esquema de saúde social, dentro do qual, insere-se a saúde individual. Preocupa-se e participa a medicina holística em mudar os conceitos da moderna agricultura industrial voltada para a superprodução com conseqüentes danos ecológicos que decorrem das aplicações químicas que geram intoxicações e estimulam o surgimento de pragas. Mostra o combate do desperdício na produção, no armazenamento e na distribuição de alimentos. E ainda alerta que o comer em excesso adoece e mata e que se nos alimentássemos ao invés de apenas comer, sobraria alimento, muito alimento. Terá coragem, a futura medicina de mostrar que a fome e conseqüentes doenças e mortes causadas por ela decorrem de doenças morais como: o egoísmo, o orgulho, a avareza, a preguiça e a ignorância, tanto de quem explora, quanto dos que permitem ser explorados. E também irá corajosamente contra a imbecilidade de destruir florestas, um fantástico patrimônio genético vegetal e animal, para estupidamente plantar capim na criação extensiva de gado. Irá contra a poluição dos rios, dos lagos, do ar e dos mares, com os destinos químicos das fábricas. Irá contra o uso de mercúrio nas áreas de mineração. E contra todos os fatores poluentes que se transformam em chuvas ácidas destruidoras, no aumento das áreas desérticas e no efeito estufa avassalador.
A medicina do futuro, será constituída de profissionais de saúde integralmente voltados para a saúde de indivíduos, não terão atividades paralelas destruidoras da saúde do ser humano como pecuaristas, extrativistas, empresários exploradores explícitos que usam amigos ou familiares como testas de ferro de empresas que lucram com a terapêutica em vigor da moda, nem aceitarão propinas para indicar tratamentos ineficazes ou fármacos apenas encontrados em determinados locais. O profissional de saúde do futuro, não aceitará que empresas possam patentear e conseqüentemente lucrar abusivamente às custas de substâncias ou genes de vegetais, animais e seres humanos. Pois, levará a discussão sob bioética às suas mais extremas conseqüências, sob o prisma das leis naturais de evolução. Mostrará que o homem desnorteado e ambicioso ao destruir a vida no planeta, mata-se também e quase elimina suas possibilidades futuras. Na menor das hipóteses, retarda-as. E fará isso, sem medo de contrariar seus próprios interesses que serão apenas a saúde e o bem estar pessoal e coletivo.
Qualquer modelo de saúde holística terá de abranger o conjunto das necessidades humanas e não deter-se apenas em suas partes, isoladamente. Enquanto a medicina não integrar-se à psicologia, à ecologia, à agricultura e a outros conhecimentos afins, para um mais amplo conhecimento do ser, dando-lhes uma conduta mais holística, as terapias prosseguirão deficientes e incapazes de integrá-lo no contexto da realidade a que pertence. Minimizando apenas as doenças, sem as erradicar.
Na medicina do futuro o complicance será total, tanto pela qualidade da relação médico-paciente, quanto pela qualidade dos seres envolvidos nessa relação. Em medicina, o termo complicance é usado como significado de “concordância entre a prescrição e o comportamento futuro do paciente”. Alguns fatores são determinantes para que se consiga uma maior participação dos doentes na cura. E não se trata de apenas fazer uso da medicação da forma indicada. No futuro, complicance será sinônimo de participação ativa de cura.
Este é um antigo desabafo. Espero que os amigos forneçam mais material para desenrolar assuntos ainda nebulosos.
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