sexta-feira, 18 de abril de 2008

O PARTO DA MEDICINA HI-TEC

O PARTO DA MEDICINA HI-TEC

Por que me sinto tão mal e os exames nada acusam?

Nos conturbados e incríveis dias de hoje, uma verdade incontestável e maravilhosa: a velocidade com que os acontecimentos se sucedem, põe tudo a descoberto. Isso fará com que todos os interesses reais fiquem explícitos e todas as nossas intenções também estejam na vitrine da vida. Pelo fato de nos apresentarmos como realmente somos e não apenas como parecemos; as pessoas estão ficando saudavelmente descrentes de muitas coisas: dos médicos, dos cientistas, dos religiosos, dos profissionais da justiça, dos políticos, das instituições. Longe de representar um problema, isso é ótimo, pois significa: um raro momento de renovação e de integração. É o inevitável inicio de uma Nova Era; pois agora, forçosamente começamos a descobrir o candidato a ser Integral que há em cada um de nós, e não apenas, as partes que o compõem. Coisas do tipo: isso é um problema físico, este outro é emocional e aquele é espiritual; não servem mais, pois todos fazem parte de uma unidade: a consciência em evolução.
Até pouco tempo, essa divisão funcionava, mas hoje não funciona mais; pois não adianta bloquearmos os sintomas acusados pelo corpo físico se não cuidamos de equilibrar as emoções, modificar os hábitos, aquietar a mente e cuidar da parte espiritual.
Este é um momento especial também para a medicina cujo produto é a saúde do homem e seu bem-estar. Não temos registro na História de um que se assemelhe, quanto à rapidez do surgimento de novas tecnologias tanto para diagnóstico quanto para cura; logo ultrapassadas por outras mais novas. Isso é bom? Estaremos a caminho de uma sociedade mais saudável? Não é o que parece; as pessoas estão começando a descrer da capacidade da medicina atual em gerar saúde. Á primeira vista, o fato dos pacientes perderem a fé nos curadores dá a impressão de estarmos retroagindo ao invés de avançar, pois se não há confiança não haverá comprometimento com o tratamento. Mas, numa dimensão de dualidades, tudo tem seu valor, pois a velocidade com que tudo acontece neste momento estimula a revisão da visão de mundo a respeito de saúde e cura para os devidos ajustes tanto da parte dos doentes quanto dos profissionais da saúde.
Ficam algumas questões para serem respondidas: O que lucramos com essas novas tecnologias? Quem lucra o que? Quais as explicações para o fato de nos sentirmos tão mal e os exames nada acusam? Quais as vantagens reais em substituirmos a velha propedêutica e o raciocínio diagnóstico por sofisticados exames de laboratório que recebem a imprópria condição de dar o diagnóstico final? E o desenvolvimento do feeling do raciocínio diagnóstico do médico que não mais é obrigado a pensar? De que valerá a experiência de anos de exercício profissional? Será que a substituição da propedêutica pelo diagnóstico apenas baseado em exames não foi uma forma inconsciente de fuga da responsabilidade? E como fica a relação entre médico e paciente, sem nenhum vínculo? Será que a medicina cura de forma definitiva?
Muitas outras questões ficam em aberto.
Apenas como comentário: A tecnologia é sempre bem vinda; o problema é a maneira como será usada. A forma equivocada de compreender e lidar com a doença é outro fator de peso na perda da credibilidade da medicina junto ás pessoas comuns; acreditar na origem da doença, como algo lotérico ou relacionado com sorte azar e destino; conduz a uma visão mágica do processo de cura que fatalmente levará á frustração coletiva.
Soluções?
- Revisar as razões primárias da existência: Quem somos nós? O que fazemos aqui? Quem sou eu? Qual minha tarefa na existência?
- Educar para a vida, ensinando á criança desde os primeiros anos as leis mais básicas da evolução.
- Assumir as doenças como efeitos da forma de pensar, sentir e agir.
- Aprender a diferenciar supressão de sintomas, cura temporária e cura definitiva.
Conforme colocamos no livro “Saúde ou doença: a escolha é sua”, o nascimento da medicina da Nova Era será o resultado da fusão dos antigos conhecimentos com as novas tecnologias; um trabalho de parto difícil e doloroso, pois a parturiente recusa-se a cooperar...
Respondendo á questão inicial: Nossos desequilíbrios emocionais não estão sendo harmonizados pela mente inquieta na mesma velocidade com que são gerados. O corpo físico é o destino final dessas energias que primeiramente são apresentadas como sensações desagradáveis, para que a seguir o corpo físico não funcione a contento e, só depois, é que aparecerão as lesões físicas como inflamações e tumores, por exemplo. Mas, fiquem tranqüilos os que hoje estão perdendo a esperança de justificar seu mal estar: continuem pensando, sentindo e agindo da mesma forma que breve suas sensações se tornarão realidades palpáveis e até extirpáveis por atos cirúrgicos. Dessa forma, poderão justificar-se e desculpar-se...

Paz.

Dr. Américo Canhoto

Nenhum comentário:

Livros Publicados

Livros Publicados
Não ensine a criança a adoecer

Pequenos descuidos, grandes problemas

Pequenos descuidos, grandes problemas

Quem ama cuida

Quem ama cuida

Chegando à casa espírita

Chegando à casa espírita

Saúde ou doença, a escolha é sua

Saúde ou doença, a escolha é sua

A reforma íntima começa no berço

A reforma íntima começa no berço

Educar para um mundo novo

Educar para um mundo novo