quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A VIDA QUE AS VOLTAS DÁ



Será que nossa vida é uma eterna encruzilhada?
Estaremos condenados a escolher eternamente?

Quando estamos caminhando tranqüila e folgadamente por um caminho; eis que surge uma encruzilhada para tirar nosso sossego; ás vezes das pequeninas: duas opções – outras vezes das complicadas: meio que teste de múltipla escolha; e daqueles cheio de pegadinhas.
A cada dia fica mais difícil escolher tantas são as opções.
Além disso; hoje acertar no chute é cada vez mais complicado – aquela forma de escolher: minha mãe mandou escolher essa daqui; mas, como sou teimoso; escolho esta daqui! – não está mais dando certo; é zero atrás de zero – na atualidade ou a gente sabe escolher ou não sabe.

Para complicar nossa vida; não basta tantas encruzilhadas; ainda por cima em muitas delas alguns engraçadinhos colocam “despachos” para nos confundir.

Já que não tem jeito e somos obrigados a escolher agimos feito crianças birrentas:
Escolha minha, problema meu!
Escolha sua problema seu!
Quando nos interessa, em determinados momentos, costumamos levar a responsabilidade relativa ás escolhas ao pé da letra, de forma egoísta e até simplória; fazendo questão de ignorar a interatividade.

Nesta vida de encruzilhadas não há como deixar de escolher, pois a partir do instante em que passamos a pensar de forma contínua é impossível parar de faze-las. Pensamos vinte e quatro horas todos os dias, até dormindo, em conseqüência disso, as fazemos o tempo todo, mesmo durante o sono; até a atitude de não escolher é uma opção: a de não escolher. Ao nos negarmos o direito e o dever de optar deixamos o caminho livre para que outros o façam por nós e, nos entregamos passivamente ás conseqüências. Pior é quando impomos aos outros ou os deixamos sem opção, estamos assumindo compromissos penosos para o futuro; mesmo que eles nos perdoem.

Além de ter que escolher se desconsiderarmos a lei de causa e efeito e a de retorno corremos o risco de retornar sempre ao mesmo ponto.

A capacidade de bem escolher é relativa no tempo e no espaço; daí, durante um certo período somos ajudados nas escolhas – mas sempre apenas até um certo ponto.

Quando já começamos a entender quem somos nós e o que fazemos aqui; fica mais fácil analisar o resultado de nossas escolhas e como elas podem afetar nossa trajetória evolutiva e a das outras pessoas

Para um estudo mais produtivo das pessoas “despacho” que surgem nas nossas encruzilhadas da vida; alguns parâmetros precisam ser analisados.
1) O vínculo afetivo é fator determinante na intensidade e na duração do impacto que a escolha vai produzir nos outros. As pessoas que mais se afeiçoam a nós são sempre as mais atingidas. Porque estão “ligadas”, sintonizadas na nossa realidade, e quase sempre sem soberania emocional – a linha que separa a paixão do ódio é muito tênue, por exemplo.
2) O momento emocional que a outra pessoa esteja vivendo é muito importante. Em certas épocas, as pessoas com quem convivemos estão mais vulneráveis, lidando mal com suas próprias decisões ou seus efeitos, lógico que sejam mais afetadas nessas ocasiões – e surjam lá na frente como “despachos” assustadores.
3) A visão de mundo de cada um dita a interpretação da situação. O que para uns pode parecer o fim do mundo, um tremendo problema, para outros tem menor importância.
4) O grau de conhecimento individual favorece ou prejudica a análise da situação e seus desdobramentos.
5) A maturidade pessoal regula o impacto que a nossa decisão pode produzir na sua realidade. Nos seus vários aspectos; maturidade: psíquica ou mental, emocional ou afetiva, moral, social, religiosa.
6) Os valores de cada um, bem como seu sistema de crenças, podem ser fatores decisivos para abrandar ou acentuar impactos decisórios.

Cuidado:
Essas pessoas que estamos afetando hoje com nossas escolhas podem ser os “despachos” que vamos encontrar nas próximas encruzilhadas da vida.
Melhor não dar nó cego; pois senão nem a “Nossa senhora desatadora de nós” pode nos ajudar.

Jesus deixou a estrada sinalizada – basta prestar atenção.
Mas, não adianta fugir dos despachos nem ignorá-los – eles são também imortais.

Para melhorar a vida que as voltas dá:
Melhor negociar zinfiu.

Namastê.

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