terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

FALAR – CALAR – EVACUAR

Levamos milhões de anos automatizando algumas atitudes ligadas aos instintos e ao funcionamento orgânico. Mas na vida contemporânea desaprendemos muitas: dormir, comer, respirar, beber, urinar, evacuar...

Constipação intestinal é um problema cada vez mais grave devido á exposição que sofremos de forma continuada a muitos tipos de produtos químicos e venenos usados na agricultura e na produção de alimentos industrializados. Basta um dia sem evacuar e a sirene de alarme do organismo já começa a tocar: aumento da sensação de cansaço; irritabilidade mais fácil; distimia; memória fraca; capacidade de concentração irregular.
Um grande número de pessoas não mais consegue evacuar sem a ajuda de laxantes: outro desastre.

Como todos os já presentes em nossa vida, o problema da constipação intestinal é uma somatória de vários fatores: dieta pobre em fibras e rica em alimentos industrializados; pouca ingestão de água; falta de atividade física; pressa – por incrível que pareça muita gente nem se dá um tempo para evacuar; a pressão no trabalho; a falta de locais adequados, em especial para o público feminino; além disso, a personalidade exerce influência considerável no esvaziamento do intestino.
Há tipos psicológicos com tendências que levam á obstipação; outros que colaboram no funcionamento irregular ou alternam constipação com diarréia; e alguns conduzem ás diarréias crônicas, dentre elas a complexa Síndrome do Cólon Irritável.

Já colocamos em outros artigos a importância de manter nosso intestino livre de toxinas, o quanto consigamos; pois, ele é o segundo cérebro; além disso, produz mais endorfinas do que o próprio SNC, substâncias que nos dão a sensação de calma e prazer – o termo “enfezado” quer dizer cheio de fezes.

Nosso assunto de hoje:
A capacidade de expressarmos nosso pensar e sentir e a relação com o ato de evacuar, defecar ou obrar como se diz em muitos lugares.

Passeando sem compromisso didático por algumas poucas características do psicológico; até podemos nos divertir.
Exemplo, á primeira vista o tipo introvertido, seria uma vítima predileta da constipação; pois é enorme sua dificuldade em expressar idéias e sentimentos. Nem sempre é o que se vê; pois, muitos introvertidos quando se expressam são pontuais. Na outra ponta, de forma simplista, o extrovertido seria um evacuador por excelência; nem sempre; pois, boa parte dos extrovertidos só falam “abobrinhas” (não as comem) raramente colocam suas idéias e sentimentos reais – evidente que cada um é cada um; pois não somos tipos psicológicos puros.

As evacuações naturais deveriam ser silenciosas; mas ás vezes, são ruidosas; daí, muitas pessoas evitam banheiros públicos e perdem logo o reflexo; breve passa a “vontade”. Algumas pessoas saem dos cubículos fazendo cara de paisagem ou com cara do tipo: não fui eu; foi o cara do box ao lado...

Tanto no falar quanto no evacuar:
Aprender a arte do silêncio; não é apenas; ficar calado; mudo; de boca fechada; por desejo. Ela assenta-se no pensar, refletir; para depois; aprender a discernir, e, usar palavras, movimentos, postura corporal certa; na hora adequada; e até para escolher os alimentos certos para o seu organismo obrar em silêncio.
Em cada momento.
Para todos nós sempre: há os de aguardar; seja para ouvir, pensar, discernir; escolher; muita gente usa o ato de evacuar como um sagrado momento do reflexão: hora de parar para pensar para “obrar” melhor nas lides do dia a dia.


Nem penses em te esconder atrás do silêncio:
Nossos pensamentos, sentimentos e atitudes tem odor em 4D que se manifestam em 3D como odores das evacuações, hálito, diurese, suor. Irradiamos nossa realidade; de qualidade pessoal; intenções; desejos.
Calamos; ficamos na moita; mas o corpo nos entrega; expressa claramente para quem nos observa; quem somos; o que pensamos; intentamos...

Sê sóbrio no falar e no evacuar:
Se estamos entre constipados evitemos falar sobre nossas virtudes orgânicas. Não façamos propaganda de nossas idas ao banheiro para não atrair sobre nós a inveja dos outros; pois, até nisso podemos cobiçar o que não nos pertence...

Cuidado com a retenção das mágoas:
A personalidade “magoada” alterna diarréia com obstipação; pois costuma guardar suas pequenas mágoas num baldinho interno. Depois de cheio, sem mais nem menos é chutado esparramando tudo e se transforma numa diarréia verbal federal; assustando interlocutor e espectadores.
Estás ficando doido? Tudo isso; por uma coisa tão pequena? Seu neurótico! Consulta logo um psiquiatra ou um gastro!

Calar ou deixar de evacuar por preguiça:
Quando calamos; para não ter que argumentar; além de denotar falta de qualidade; pode atrapalhar a vida das pessoas. Deixar de obrar no momento exato também traz problemas.

Brincadeiras á parte, devemos investir num funcionamento intestinal mais adequado para obrar melhor, evitando doenças e dissabores. Para isso, alguns requisitos básicos orgânicos devem ser obrigatoriamente atendidos:
Muita fibra na dieta.
Bastante água da melhor qualidade.
Atividade física.

Com treinamento é possível voltar ao funcionamento intestinal do bebê: mamou, evacuou. Preenchidos os requisitos físicos; basta ir ao banheiro dar uma tentadinha sem esforço por alguns minutos – passados alguns meses voltamos á pureza das obradas dos primeiros anos de vida.

Depois uma faxina no perfil psicológico pode ser de enorme valia.
Quem diria, até nas obradas do dia a dia ou na falta delas é possível praticar o auto-conhecimento seguido da reforma íntima ou reciclagem da personalidade.

Evacuar é preciso – mas com qualidade e eficiência...

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