Mais da metade das conversas das pessoas comuns dizem respeito a comentar algo sobre alguém ausente. Essa atitude é um dos desastres causados pelo tipo de educação corrente e assume características de violência subliminar. Negar é perda de tempo; discursar sobre os outros e comentar-lhes a vida é um hábito tão comum que nos dificulta perceber que fazemos isso com freqüência.
E não é raro que descuidados usemos de agressividade nos julgamentos e nas colocações tanto na forma quanto no conteúdo. Até tecemos comentários sobre pessoas que nem conhecemos senão através do diz que diz de gente que até vive disso; isso está tão enraizado na cultura que nem nos damos conta.
Evidente que esse péssimo hábito é fruto da educação; pois, o subconsciente da criança logo capta esse artifício de liberar agressividade e violência sem sofrer as conseqüências imediatas; apenas aparentemente; pois nossa ignorância nos faz pensar coisas do tipo: “o que os olhos não vêem o coração não sente...” como justificativa. A verdade é bem outra, e chama-se lei de retorno e de causa e efeito.
A criança deve crescer num ambiente no qual não se fale de pessoas ausentes, especialmente críticas e julgamentos.
Quando as pessoas forem educadas segundo as leis naturais da vida tudo será bem diferente.
E, se já desejamos nos livrar desse péssimo hábito; para iniciar o processo de mudança um primeiro passo, é aprender a arte de ficar calado quando alguém comentar a respeito de pessoas ausentes.
Vale a pena treinar; o ganho é em todos os sentidos.
Dentre eles:
Das recordações dos momentos de paz que todos temos, nunca falta nelas uma peça essencial: o silêncio que apazigua e acalma.
Que não fique apenas nisso; pois:
Bem treinada a arte de calar vale a pena iniciar a vigilância constante do teor dos pensamentos que emitimos sobre os outros; até porque nosso corpo fala e nos entrega; ele “deda” nossos impulsos e desejos mais secretos.
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