“VALE DA HONRADEZ”
Olá amigos; vamos seguir viagem juntos.
Recomendo uma viagem da hora:
Como todos os lugares mais selvagens e menos visitados do planeta, o incrível “VALE DA HONRADEZ” é um lugar Divino; quem o encontra nunca mais o tira das lembranças da alma. Chegar próximo é relativamente fácil; pois as estradas que levam ao “Vale do Ego” que fica no umbral da “Montanha da Perdição”, são largas e cheias de atrativos; a grande maioria fica por ali mesmo curtindo os prazeres da vida, nas “Pousadas do Perdão Divino” para os que não podem desfrutar dos privilégios da “Sociedade de Consumo”; e que morrem de inveja dos nabados que se aproveitam dos privilégios para nadar nas mordomias dos condomínios de luxo, públicos em teoria.
Um dos points mais requisitados desse umbral é a “Praça da Normalidade” onde se reúne turistas da própria intimidade para trocar e até compartilhar desculpas e justificativas.
A maioria desses viajantes é composta de “Farofeiros da consciência”; esses aparecem de vez em quando; pois não tem tempo para essas coisas, para esses divertimentos espirituais – são os maiores compradores de quinquilharias para dar sorte, afastar a uruca e principalmente o fantasma da culpa que não lhes dá descanso.
Tem até gente boa que possui casa de veraneio lá; mas elas ficam vazias a maior parte do tempo; são os espiritualistas de carteirinha que, andam de nariz empinado; mas que nunca se aventuraram a passar daquele point; pois segundo sua teoria vivemos em 3D com um pé em 4D – no final das contas a sobrevivência dos interesses predomina.
Incontáveis os que ficam nas “Vilas da Beira da Estrada do Ego”, lotando os “Butecos do Desejo”; os “Inferninhos da Propina”, com sua fonte que não seca nunca, sempre tem fila de espera; o lugar mais chique é o “Shooping da Prevaricação”; é de darslú de inveja, pois lá só tem coisa cara e de primeiro mundo; mas a entrada não é franca não; tem lista de espera; pois você só pode entrar com carteirinha de concursado em privilégios; afinal, prevaricar é para quem pode e não para quem quer, é o slogan da nata da sociedade de consumo – dizem as más línguas que, lá rola uma droga chamada: “Anestésico de Consciência” (também conhecido pela maioria como: “Todo mundo faz”) e que dá o maior barato; o “Álibi” seu concorrente (produzido pelo laboratório Stj) não é tão forte, mas também tem muita saída.
Na beira da estrada tem muita “Laranja” que dizem ter poder quase mágico, quando se trata de tirar manchas da grana; é melhor que Omo e água benta para lavar dinheiro sujo; que até pode transmitir gripe suína transmitida pelo vírus da ganância alimentado com a ração chamada Tamiflu.
O umbral da Montanha da Perdição também um local de refúgio e peregrinação; o que não falta por lá são templos, igrejas, centros espíritas, espiritualistas; com seus pastores, bispos, gurus, dirigentes...
Dizem os que se rotulam ateus; que lá rola uma droga chamada “Esmola” que é cover da caridade.
Como não poderia deixar de ser, lá também há os grupos de “Esquisitos”, “Iniciados”, “Seres”; enfim, os que se preparam para transpor a “Montanha da Perdição” e chegar á primeira região diferenciada do sonho de atingir o “VALE DA HONRADEZ” que é “Platô da Coerência” que; depois leva ao “Vale da Honestidade” seguido dos vales e platôs do “Brio”; “Probidade”; “Retidão”; “Boa Reputação”; até atingir o preâmbulo do “VALE DA HONRADEZ” que é o “Vale a auto-estima”.
A paisagem que se descortina ao superarmos cada fase é indescritível; pois significa ascensão.
Poucos dos que atingiram cada uma das fases conseguem transmitir aos que ainda estão no “Umbral da Montanha da Perdição” uma pálida imagem do que aguarda os corajosos e radicais viajantes de si mesmos.
Claro que, eles sejam motivo de chacota e rotulados de malucos, pela maioria, por ousarem crer que, é possível transpor montanha tão alta, cheia de precipícios e armadilhas; só para desfrutar de uma paisagem íntima, abrindo mão da segurança, e principalmente das aposentadorias. Melhor hoje, do que ontem, pois não mais são mortos, queimados; apenas sofrem o desdém.
Nós que aqui batemos papo estamos em condição mais ou menos parecida: tentando sair da “Montanha da Perdição”.
E precisamos nos preparar para começar a caminhada; pois esse é nosso desejo. O primeiro passo é: Aprender a viver honestamente.
Ao separar o que é realmente seu do que é dos outros começarás a viver uma vida realmente honesta. Mesmo que o outro queira te dar não fiques com nada que não seja tua conquista. Não queiras reter para ti nada que realmente não te pertence.
Se o outro quiser te dar a felicidade dele não a aceites, aprende a conquistar a tua, pois a dele não te pertence, não serás capaz de retê-la, e breve ela se esvai como fumaça deixando no seu lugar: decepção, frustração, mágoa, ressentimento e até, o ódio e o desejo de vingança.
Da mesma forma que a alegria e o prazer do outro não te pertencem. Se alguém quiser repassar-te o sofrimento recusa-o, já que ele como uma roupa alheia não cabe em ti porque não te pertence.
Dos outros podes apenas emprestar aquilo que ainda não possuis de teu. Mas breve tudo será devolvido, dia menos dia. “A Montanha da Evolução” não aceita lixo nem coisas descartáveis tudo vai para o precipício do vulcão do sofrimento para que seja incinerado.
Se as pessoas quiserem dar-te a própria vida recusa-a, pois logo, feito abutres, te cobrarão isso.
Se as pessoas quiserem te dar conselhos ou ditar roteiros; ouve-os por educação; mas, aplica somente o que achares correto, oportuno e justo.
Assume o resultado de tuas escolhas com dignidade, sem reclamos.
Cuidado:
Se tu erras sabendo, cuidado para não mentires que ignoravas, e sem mais nem menos encontrar-te de novo na “Praça da Normalidade” - assume e paga o devido preço. Isso te torna forte e honesto para que te prepares para os “Esportes radicais da Ascensão”.
Outro detalhe preparatório:
Aprende a viver ricamente.
Quem é rico não precisa de nada que não seja seu.
Se fores pobre, se tiveres feito poucas conquistas da alma humana cobiçarás o que não te pertence. Exemplo: Para não invejar a paciência do outro, desenvolve a tua. Para não ficares dizendo que Deus brindou o outro com a doçura trabalha duro para que também a conquistes...
Analisa bem o que e de quanto precisas; para que possas viver ricamente para poder descortinar paisagens incríveis no “Turismo Interno”. É possível que seja bem menos do que imaginas.
Não esquece deste sábio conselho:
“Rico é aquele que tem poucas necessidades”.
Para que se viva ricamente é preciso cultivar a simplicidade de ser capaz de viver com o mínimo necessário. Somente assim dominaremos as agruras dos estreitos e íngremes caminhos para superar a “Montanha da Perdição”, tanto a vida com parcos recursos quanto a vida com muitos recursos ou abastança.
No terreno do afeto, aprende a nunca esperar nada de pessoa nenhuma, até porque ninguém tem a obrigação de nos dar nada, nós ao contrário é que temos obrigação de dar ao outro; o que de melhor possuímos para alcançar a riqueza do eterno retorno.
Aprender a separar o que é nosso do que é dos outros é uma condição essencial para que possamos viver ricamente.
Não cries necessidades desnecessárias que complicarão a tua vida.
Aprende a não gastar o que ainda não ganhastes.
Não te comprometas com créditos que ainda não possuis.
Este amigo que vos fala está pensando em começar a trilhar a jornada de superar o desafio. Tudo que vos foi colocado é fruto de aprender a ouvir; mas, pelos primeiros passos que dei: RECOMENDO.
Boa viagem.
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