Vivendo e aprendendo.
Nos preocupamos com grandes empreitadas e realizações; mas, nos pequenos gestos e nas atitudes diárias quase imperceptíveis, está o segredo de viver bem na intimidade e no coletivo.
Compartilho com os amigos uma experiência que vivi hoje – Quarta –feira (por comodidade e para desestressar do trânsito) é meu dia de deixar o carro em casa e usar metrô e trolébus para ir trabalhar em SBC. Dia chuvoso, trens atrasados, na entupida estação Sé, que não consegue dar vazão aos que farão translado, pois as composições já chegam do Tucuruvi lotadas (bastaria cada dez minutos liberar uma a partir dali, que esvaziaria um pouco a lotação do local (muitos seguram as portas, aumentando o atraso; os que não conseguem entrar ficam prestes a cair nos trilhos, basta que uma pessoa mais descontrolada force a situação – Mas, tudo tem seu lado bom; e nessa situação, a vantagem é não precisar andar; somos carregados – Mas, na estação e durante parte do percurso a energia negativa das pessoas estava a mil – claro que se você der sorte cai num vagão com gente mais descontraída e até brincalhona ou pessoas que viajam lendo a Bíblia, outros dá para perceber que estão vibrando positivamente – Enfim, a ecologia vibracional é variada e rica em aprendizado quando estamos "ligados" em aprender.
No trólebus surgiu uma situação inusitada: Há uma cartaz alertando as pessoas que só é permitido embarcar com bilhete e proibido dar carona – logo depois da partida, uns 4 pontos á frente, entra um senhor que falou de forma um pouo rude e bem alto: - Motorista me dá carona que estou sem dinheiro e atrasado! – Os outros passaram, e logo o motorista não argumentou nem discutiu; liberou a catraca e o senhor agradeceu: Obrigado! – o motorista apenas disse num tom que mais parecia um pai amoroso dizendo a um filho: Quando temos compromissos precisamos acordar mais cedo; principalmente se esquecemos o dinheiro da passagem! – a viagem transcorreu calma e tranqüila.
A forma como o motorista fluiu pela situação criou um ambiente de calma e energia positiva que todos sem o saber puderam compartilhar. Caso o motorista tivesse seguido a norma ao pé da letra, teria se recusado e lógico que a pessoa, também sem saber, iria contaminar o ambiente com energias de raiva, desalento e frustração; humilhado, poderia sair dali e atrapalhar seu dia e o de outras pessoas; pois, já estava atrasado para o trabalho; dali em diante tudo poderia dar mais errado ainda e, iria criar desavenças.
Esse pequeno gesto de boa vontade e de sabedoria do profissional trouxe um ganho para sua paz e a de todos; até a empresa saiu ganhando, mesmo transportando um passageiro de graça, pois o ambiente ficou favorável e as pessoas passam a reter boa impressão a respeito da qualidade do serviço prestado.
Quando a maior parte de nós estiver atenta á prática diária de pequenos gestos de boa vontade mudaremos o mundo, isso treinado, podemos agir como o motorista que sem esforço algum transformou-se num pacificador.
Claro que há situações e situações, casos e casos. Mas, em muitos momentos, vale mais ceder do que confrontar direitos e deveres. A saúde e o bem estar de todos: agradece.
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