sexta-feira, 30 de julho de 2010

SOLIDÃO: UM SENTIMENTO MUITO PUNK

Este tão decantado em prosa, verso e comunicações extrasemsoriais (não foi erro de grafia o m no lugar do n; foi uma atitude ortográfica trash) final dos tempos; é um movimento punk cósmico localizado: nestas bandas do universo: todo mundo acha que sabe tudo e ninguém sabe nada; isso vai de terráqueos a ETs; de gurus a guruzados – isso, é bem punk – estilo guru do Evo Morales sendo pego fabricando cocaína, só prá exemplificar – pois, muitos outros nos deixarão babando; mas, de reiva purpúra.

A maioria das pessoas que atendo no dia a dia; tal e qual, eu; estão amargando uma esquizofrênica sensação de solidão, que adoece; e que perigosamente pode levar ao câncer orgânico; caso nos “achemos” os bons que foram magoados e que vão se tornar punks (células cancerígenas são o top line punk da esquizofenia orgânica).

Esta sensação bem punk verbalizada ou não diz algo ao leitor:

“Estou me sentindo muito só.
Porquê:
os que me preenchem;
os que me entendem;
os que me amam;
todos eles passam por mim;
mas;
não ficam comigo?”

Amigo leitor: pode mentir á vontade.
Mas:
Não há como negar, o fluxo dos acontecimentos está cada vez mais acelerado, ninguém tem tempo para ninguém; portanto, é natural que a sensação de isolamento e de estar só, torne-se cada vez mais forte, e perigosa também – daí que, de forma bem punk, nós nos reunimos em festanças de aniversário, casamento, falecimento, baladas, noitadas; apenas para não nos sentirmos tão sós como o gado; convivendo com uma criatura que não nos interessa e até nos desgosta: nós mesmos.

Estudos, bem trash, comprovam que, as pessoas que tem muitos amigos, parentes e laços sociais, podem ter uma vida mais longa e de melhor qualidade; se comparadas com os que vivem de forma mais isolada. Outros estudos, mais punks do que trashs de pós-graduação, mostram que as pessoas separadas ou divorciadas têm maiores índices de doenças em comparação com os que vivem uma vida a dois (uma maravilhosa descoberta da ciência punk; que na falta do que fazer; vive do óbvio, nem sempre ululante).
Esse tipo de pesquisa, é como “chover no molhado” (atitude bem psicótica); pois, embora não incorporada na cultura dos normais – pseudo-inimigos dos punks - já é sabido que nosso pensar/sentir/agir é uma onda de energia que interage com as dos outros e que retorna ao emissor, um bumerangue; daí que, quem só pensa em si mesmo, acaba isolando-se do resto, e, detém o fluxo de energia que representa a própria vida, a troca o amor.

O perigo para a maioria é que o punk solitário torna-se um sujeito problemático,; um tipo de doente psicológico que se afasta dos outros sem trocar energias e, que impede que as pessoas se aproximem dele; e quando ás vezes, alguém tenta; ele pode sair do punk para o trash; e vitimar sua companhia.

Desculpa punk da hora:

O estilo de vida acelerado que adotamos, nos leva a ampliarmos e a fixarmos a atenção; apenas em nós mesmos, nas nossas necessidades ou nas dos nossos. De forma bem psicopunk, poucos dispõem de tempo para as outras pessoas; muitos, até deixaram de ter tempo, para si mesmos; e dedicam-se a cultuar e a viver apenas para coisas impessoais, como instituições ou empresas prá lá de punks.

A educação bem punk, com seus ícones quase trash, que preconiza e cultua a punkneurose de competir para sobrepujar o outro a qualquer preço e a qualquer custo; colabora para acelerar a solidão compulsória; compensada pela atitude de classes sociais.

A educação trash fomentada pelos ícones punks que afrontam a ética cósmica; gerou cultura das coisas descartáveis; que de forma punkiana passa a ser aplicada, também, ás pessoas que se tornam descartáveis desde tenra idade ou até antes de nascer; quando deixam de atender aos nossos interesses mais imediatos.

Uma das conseqüências desse estilo de vida é o clima de insegurança e de medo; que leva uns a desconfiarem dos outros, pela aparência (corte de cabelo, penduricalhos, roupagem, tatuagens), cor, raça, estudo, religião, classe social, função social diferenciada pela doença social do concursismo e do eleicionismo; que leva a direitismos trashs e perigosos.

A punk tristeza de um momento,
ou de um dia estar só,
é como a maioria das pessoas percebe a solidão;

No entanto, ela assume outros aspectos mais diferenciados; pois, também pode ser voluntária e controlada (como os adeptos da mixórdia punk imaginam); como a opção de estar só para encontrar o caminho existencial a seguir, e, as melhores razões para viver.

Ficar só, por alguns momentos, é uma das necessidades da nossa alma.

Mas, isso é para os antípodas da filosofia punk: nada a ver com os normais. Apenas para os que já pararam para pensar; e que resolvem afrontar a mediocridade dos normais com inteligência, bom senso, trabalho, perseverança.

Neste bate papo funk; a idéia é analisar junto alguns aspectos que envolvem a solidão saudável e a doentia.
Durante nossas elucubrações mentais, poderemos concluir que a tristeza da solidão punk pode ter uma cura fácil e rápida; mas, nada funk.

Cada um de nós é uma célula de um corpo chamado Humanidade.

Por violentarmos a natureza interativa do homem, a tristeza da solidão punk, é um dos nossos estados de nos sentirmos, mais temido. Pois, nos atira de encontro a nós mesmos sem preparo e sem vontade, num turbilhão de sensações e de mazelas íntimas das quais queremos fugir a todo custo, na dança funk e similares. Isso, entristece, adoece, induz aos vícios como fuga pela forma droga de viver, e pode até causar mortes temporárias de corpo e de alma.

Quer matar um punk, funk, trash, crente, normal de raiva?
Ignore-o – claro que, até onde consiga.

Estar só sem o desejar; e não ter com quem conversar; discutir, sorrir, até mesmo brigar ou ficar de mal, assusta; porque contraria nosso destino que é a interação, a interdependência plena ou o amor com todas as suas matemáticas leis; não existimos de verdade sós ou isolados; pensar assim é criar a ilusão ou egoísmo/orgulho; não existimos para sermos solitários; mas sim solidários.

Haverá cura para a solidão punk?

Resolver o problema íntimo de sentir-se triste e solitário, pode tornar-se uma coisa difícil de ser resolvida, a curto prazo. Mas, vários são os fatores que complicam a resolução.
Íntimos: egoísmo, orgulho, medo, preguiça, inveja.
Externos: educação, cultura, valores sociais, etc.
Outro entrave, é a formação de expectativas: as pessoas temem sentirem-se sós ou desamparadas e querem que as outras gostem de estar com elas sem que tenham que dar atenção ou retribuir as manifestações de cuidados ou de afeto dos outros; mesmo que queriam se comportar de forma punk ou trash.

Temos medo de não sermos amados,
no entanto,
pouco ou nada,
fazemos para merecer esse amor.

O solitário doentio costuma sentir-se vítima dos outros, abandonado, esquecido como um punk rosachoque, azulado, amarelado. Pois, enxerga apenas segundo a visão voltada apenas para si e seus interesses; os outros são sempre os normais ingratos. Quando se descobre interessado em alguém e, deseja se aproximar; o faz de forma inadequada; pois procura de todas as formas agradar ao outro como meta (mesmo que seja assustando) e, não como conseqüência da sua forma de ser e de agir.
Essa postura o torna “grudento-cacento” incomodando as outras pessoas que, logo se afastam dele, o que reforça sua sensação de vítima, num círculo vicioso; isolando-se cada vez mais e, tornando-se cada vez mais desconfiado e arredio – um potencial trash até serial killer.

Quem faz a tarefa que compete ao outro,
para agradá-lo,
não exercita a virtude da caridade.

Não tolere o punk, aprenda a aceitá-lo para depois confrontar sua postura; e desenvolver o respeito mútuo. Daí; não exagere na tolerância, pois, esta é uma atitude trash; pois, ao contrário – se o fizer, comete uma infração á lei de progresso e de trabalho; pois o próximo não conseguirá ser grato e ainda irá cobrar quando ela deixar de ser feita. Quem vive fazendo tarefas que pertencem aos outros cria para si mesmo a expectativa de retribuição pelo que imagina ser sua dedicação e cuidados para com o outro; é um subpunk; mais do que trash; um serial killer da evolução da espécie.

Alguns de nós; já nascemos com a tendência para o isolamento nem sempre punk. Esses podem ser identificados desde a infância, nas atitudes de retraimento tão marcantes que chamam a atenção (algumas crianças sempre espiam os outros escondidos atrás do pai ou da mãe – esses quase sempre são punks da evolução). Apresentam significativa dificuldade para fazerem amigos. Além disso, no decorrer da vida a educação e a cultura complicam a vida do solitário de nascença; pois estão voltadas para a competição neurótica, o que aumenta a sensação de solidão a cada dia, pois os outros se tornam inimigos normais em potencial dos nossos desejos, e se tornam concorrentes da tentativa de punkanizar o universo (teoria do caos?).

Para dificultar, também somos treinados a fugir de tudo o que imaginamos possa nos fazer sofrer, aprendemos a bancar o avestruz que enfia a cabeça no buraco da ignorância e, imagina que dessa forma tudo se resolve. Somos treinados a ficar apenas na superfície dos problemas sem tentar resolvê-los (o que os punks odeiam). Esperando o botãozinho mágico para apertar e, resolver os teoremas que criamos.

Nem todo solitário punk sofre de solidão.

Essa sensação também é uma polaridade tanto objetiva quanto subjetiva, questão de interpretação punkiana ou normótica. Ela faz parte da natureza humana; e todos nós teremos de vivê-la um dia, desvendá-la dominá-la, aprender com ela.

Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo;
Disse o Mestre.

A explicação para a sensação de solidão é simples; ela é uma das fases da nossa evolução que, é feita na intimidade do próprio ser e chama-se interiorização, único caminho capaz de nos levar ao amor próprio; Além disso, é preciso desvendar os mistérios íntimos para compreender melhor o que está do lado de fora de nossa intimidade normótica e punkiana.

A solidão divina é aquela controlada e direcionada a buscas íntimas - ela é um dos caminhos mais adequados para facilitar o progresso; alguns a chamam de meditação; caminho da descoberta e da ampliação da consciência a respeito de quem somos nós, e, o que aqui fazemos.

A solidão como sofrimento indica falta de competência em viver.

A maior dor da alma solitária punk ou anarquista é sem dúvida a própria sensação de impotência, sendo capaz.

Lá no fundo sentimos que a solidão é doentia, há uma clara sensação de falha, que muitos tentam repassar ou passar adiante, sempre de forma simplória: culpando os outros. Justificando-se com a punkiana desculpa: traição, abandono, incompreensão; que, quando é real; sempre, é útil e merecida, chama-se bumerangue ou lei de causa e efeito (Deus é mais do que Punk?).

Claro que neste monólogo não vamos concluir coisa nenhuma; pois isso seria punk demais; apenas eu futebol clube vou tentar entender que a solidão, seja normal, trash ou punk, nada tem de complicada - é uma lenta construção pessoal, erguida minuto a minuto, pensamento a pensamento, sentimento a sentimento, atitude a atitude, de forma pessoal e voluntária. Punkianamente ela construída como a sensação de solidão; mas pode ser transformada em sensação de amor, a qualquer hora e a qualquer momento; ela depende apenas de conhecimento, desejo e vontade.
Interpretada como sofrer, é uma doença da alma que, como as outras, tem fatores que a geram, mantém; mas também tem a cura definitiva ou temporária, a escolher.
Como já foi mostrado que, “Saúde ou doença: a escolha é sua”; também a solidão doentia ou a solidariedade é uma questão de escolha.

Espero que juntos, mas, de forma bem punk ainda; vamos perceber que o remédio genérico e universal para a cura da sensação de solidão doentia chama-se:

Solidariedade:

Um santo remédio para as doenças do orgulho, do egoísmo, da inveja, da competição, e das expectativas... O DNA da punkcidade colorida e pseudo musical da vida atual...

Vai continuar só?
OK?
Pinte as desculpas com mechas coloridas; descolore sua dignidade de escolhas: fique na moda. Faça uma plástica na suas justificativas.
– Bem vindo ao novo “shooping” cósmico que vai abrigar as cobaias terráqueas em novos punks, adversários normais e adjacências

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