Das propostas para viver melhor neste ano que se inicia; uma que não deve faltar é o aprendizado do perdão, nas mais miúdas situações do dia a dia – Claro que a maioria de nós tem mágoas antigas; até ódio e ressentimento; algumas dessas mágoas até nos parecem intransponíveis. Mas, somos seres para os quais não há limites que não possam ser superados; basta saber, querer, perseverar e aguardar o concurso do tempo. Além de viver simples; falar menos e agir mais; uma proposta interessante que podemos fazer a nós mesmos; e que pode mudar nossa vida de ora em diante: aprender a perdoar.
Aprender a perdoar é educar-se para viver mais feliz.
Mas, a lei do trabalho não pode ser ignorada:
Como todo fato educativo o aprendizado do perdão obedece a uma seqüência lógica: teoria, metodologia e prática. Somos um fato educativo. Nós nos educamos entre nós e nos auto/educamos. Essa interatividade e conexão tanto ajuda quanto pode atrapalhar.
Uma das dificuldades: nós queremos mestres sem nos auto/educarmos; queremos dar palpites ou fazer as lições dos outros sem termos finalizado as nossas ou concluído o curso. Essa atitude gera uma infinidade de desvios de rota a necessitar correção.
O aprendizado do perdão constitui-se de várias etapas seqüenciais:
Fase instintiva ou sensitiva
Ao começar a sentir a diferença entre as sensações geradas pelo ódio, raiva ou desamor e as sensações experimentadas no perdão, no entendimento e no amor, começamos a buscar instintivamente qual delas preferimos. É o que ocorre com o animal que perdoa instintivamente até porque ele ainda não é capaz de intelectualizar a ofensa.
Fase intelectual
Ao optar pelas sensações que seguem o perdão e ao tentar torná-las perenes tem inicio a primeira fase do perdão sob controle: a intelectual.
Fase emocional
Depois de identificar o melhor tipo de sensação e de ter decidido torná-la constante essa escolha recebe a contribuição do amplificador que é o campo emocional somado ao das sensações na tarefa de manter o controle do aprendizado.
Fase sentimento
Quando a razão consegue alinhar-se com o instinto e a emoção, o perdão torna-se um sentimento a ser desenvolvido até que se alcance a fase do perdão incondicional ou natural.
O perdão como sinalizador da nossa evolução.
O estudo da vida daqueles que atingiram uma condição evolutiva que lhes permite serem considerados modelos pode ser um recurso a balizar nossa própria evolução. O que nos desanima? Esquecemos que virtudes são conquistas humanas e não presentes da natureza para alguns privilegiados. Nossa capacidade de perdoar deve ser desenvolvida de forma intermitente, experiência após experiência para que possamos incorporar ao nosso acervo a capacidade de perdoar em qualquer que seja a circunstância. Cada um deve inventar o seu jeito de perdoar, mas podemos lançar mão de recursos simples: Anotemos tudo. Usemos a empatia (colocar-se no lugar do outro). Experimentemos orar e vibrar de forma positiva pelos que nos ofenderam. Sigamos em frente focando nossa consciência nas coisas úteis e prazerosas para nós. Faça isso de forma alegre e brincalhona – vacine-se contra o câncer, pois na sua constituição, a mágoa sempre está presente...
Paz.
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