A SOLIDÃO É UM MECANISMO DE FUGA DE NÓS MESMOS E DE PROJEÇÃO?
A solidão doentia aparece quando negamos nossas sensações, sentimentos e experiências interiores.
Fomos treinados a viver uma vida idealizada, pré-fabricada montada em conceitos sociais.
Queremos que tudo seja como idealizamos e que as pessoas também correspondam às nossas expectativas e desejos. Assim, enxergamos tudo do jeito que queremos ver, e projetamos nas pessoas o que nos vai na alma.
Não conseguimos nos aceitar o que somos e como somos, desse modo, fugimos de nós mesmos. E tentamos nos encontrar nos outros, para compensar a perda do controle íntimo e a insatisfação.
Só que escolhemos um caminho que não pode dar certo: CONTROLAR A VIDA DOS OUTROS.
Ora ninguém gosta de ser manipulado e controlado o tempo todo, esta é uma das origens da bagunça interativa que está em andamento.
Ao perdermos o medo de nós mesmos, perderemos também o medo de compartilhar nossa vida com as outras pessoas.
Perdemos a própria identidade e queremos tomar posse dos outros.
O medo de perder as pessoas que adotamos como nossa posse também faz com que para não as perdermos, fujamos delas.
Ou que mantenhamos a relação na superfície.
E as relações superficiais não são capazes de manter as pessoas juntas.
E a insatisfação negativa leva a uma busca maluca e frenética daquele ser idealizado com quem possamos compartilhar nossas mais íntimas aspirações.
Um após, outro e outro; experiência após experiência...
Nenhum comentário:
Postar um comentário