segunda-feira, 15 de novembro de 2010

NÃO ADIANTA ESTAR APENAS CIENTE...


De maneira geral estamos cientes de muitas coisas; mas, temos pouca consciência, quando o foco é a percepção a respeito de nós mesmos, dos outros e da relação com o todo. Tente responder à questão: Quem somos nós? O que fazemos nós aqui? Quem eu sou? Quais são meus propósitos de vida?
Não nos humanizamos o suficiente; o que imaginamos ser consciência resume-se a um conjunto de reação a estímulos internos e externos. Quem comanda nossa vida ainda é a subconsciência – vamos nos humanizar de fato quando o comando de nossas vidas seja consciente; para depois rumarmos para o que chamamos hoje de Estado Alterado de Consciência em direção ao futuro estado de supraconsciência.
Somos prisioneiros consentidos do sistema cultural; estilo rebanho. A educação deturpa a realidade como se fosse um estado de transe cultural; aprendemos comportamentos ditados por jogo de interesses nem sempre lícitos.
O estado de consciência relaciona-se com individualidade, intencionalidade, representações simbólicas. De forma geral, quando questionamos se uma pessoa tem ou não "consciência de seus atos", na realidade estamos tentando dizer se ela tem ou não "juízo crítico de seus atos", num determinado momento; segundo a ótica de uma qualidade ética, estética e moral da sua personalidade em sua interação com o sistema cultural de que faz parte.
Pode-se representar também a consciência como a construção de um modelo interno de mundo; que gera a representação da realidade pessoal – interagindo com a representação do mundo externo – eu, o outro e tudo mais.
O estado de consciência é extremamente dinâmico em virtude da capacidade de adaptação. A consciência será, então, mais adaptativa quanto melhor permitir à pessoa avaliar as conseqüências futuras das ações em curso, sem por em risco a integridade do sistema no desempenho da ação atual.
O estado de consciência também se relaciona com a aquisição da habilidade cognitiva, assim como de qualquer outra habilidade, requer uma quantidade suficiente de atenção, pensamento, abstração, indução e dedução. Uma vez adquirido tal aspecto cognitivo, a tendência do desempenho adaptado torna-se automática, ou seja, seria mais ou menos automática a execução das ações presentes no sentido de favorecer ações futuras seguras e vantajosas.
Levando em conta apenas a parte física e fisiológica envolvida no processo, já é possível perceber sua grandiosidade. O córtex cerebral humano possui cerca de 10 bilhões de neurônios (células nervosas). Interligadas no quatrilhão de sinapses só na região do córtex. Em circunstâncias normais, sempre que um novo fato surge, os pensamentos são dinâmicos e interligados em circuitos neuronais (Assembléias Neuronais). Se considerarmos cada neurônio uma consciência agregada á que forma e participa da nossa; imaginemos o número de seres envolvidos em nosso processo de manifestação na vida.
O SN é uma estrutura dinâmica e estatística. Um fator importante a impedir o desenvolvimento da consciência das pessoas é o sistema cultural com sua enxurrada de preconceitos e dogmas limitadores. Se cada um de nós for comparado a um neurônio, a vida social seriam as sinapses – quando com problemas egoísticos nos tornamos sociopatas no conjunto da humanidade; a destruir a casa cósmica que nos abriga.
A consciência reflete sempre a individualidade e unidade do ser e, sem dúvida, seu aspecto mais relevante é sua característica unitária, onde todas as nossas percepções, pensamentos e emoções são integrados e fundidos num mesmo e determinado momento. A soma das individualidades cria a consciência coletiva num processo semelhante ao inconsciente coletivo (Carl G Jung).
O mecanismo responsável para a formação da consciência no ser não encontra nenhuma explicação, plenamente satisfatória até o momento. Claro que sob o ponto de vista da ciência cartesiana. Segundo ela; para explicar intensidade e tempo de duração do estado consciente; a teoria das Assembléias Neuronais trabalha com hipóteses quantitativas e de unidade temporal (uma consciência de cada vez) – a sucessão ultra – rápida de AN é que provoca a falsa sensação de eventos simultâneos. Mas; não é o que se vê nos estados alterados de consciência – os eventos são simultâneos e múltiplos.
Num estado alterado de consciência, temporariamente a pessoa não interpreta, associa ou julga segundo os padrões de normalidade da vigília; apenas vivencia.

NÃO ADIANTA ESTAR APENAS CIENTE; NÃO SE DESENVOLVE CONSCIÊNCIA APENAS COM CIÊNCIA; OU ESTAR CIENTE – É PRECISO VVER, EXPERIENCIAR.

Vivências não podem ser transmitidas – no máximo, podem ser compartilhadas; mas para isso, é preciso nos despir do egoístico e do orgulhismo; coisas do estar ciente...
Alerta:
Imagine a gravidade e o perigo que representa para a continuidade da vida em 3D o atual sistema neurótico de viver segundo o estresse crônico: O SNC não sabe diferenciar uma vivência real de outra imaginária; daí ele detona com o corpo físico e para piorar as coisas para o nosso lado; ainda nos torna aleijões no desenvolvimento da consciência.

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