sexta-feira, 18 de outubro de 2013

QUALQUER SITUAÇÃO PODE SER VISTA SOB DIFERENTES OLHARES.





A profissão de médico comporta incríveis facetas de se observar e lidar com saúde, doença e cura. Cada profissional se encaixa numa delas que não é nem pior nem melhor do que as outras; apenas se completam.

Desde os bancos da faculdade sempre fui avesso á formatação oficial, como todo índigo que se preze (rsss) e lentamente fui criando uma forma particular de lidar com os assuntos da saúde.

Uma das conclusões a que cheguei:
Doença e falta de educação; simples assim.

Daí; resolvi trabalhar com famílias; pois como educar as crianças sem reeducar os adultos?

A abordagem que comecei a fazer trata de uma filosofia voltada para o estudo da saúde, das doenças e da cura segundo as leis naturais. Não contém descobertas revolucionárias nem pretende servir como roteiro de auto-ajuda, é apenas um convite à mudança de comportamento e, um alerta para o uso sistemático da razão que duvida, investiga e que conduz cada um a ter as próprias convicções, com base no “conhece-te a ti mesmo” (Sócrates).

Um dos objetivos é propor que cada um crie uma forma própria de viver que resultará no seu conceito de realidade, que é único. Elaborado segundo observações e comprovações baseadas em fatos cotidianos e experimentais. Somos criaturas interdependentes e, portanto, nossas visões do mundo devem harmonizar-se, integrar-se, mas não podem ser cópias umas da outras; embora alguns fatos sejam comuns: “aquilo que todo mundo sabe” ou “aquilo que não é preciso dizer”.

É também, um aviso para o perigo de crer sem questionar; pois em tempos de globalização há sobrecarga de informação. Hoje somos bombardeados de apelos, cercados de sons, rótulos, slogans e imagens por todos os lados, e assediados por apelos os mais desconexos em assuntos de saúde. Na atualidade, sempre há alguém querendo nos vender saúde, é preciso cuidado para não comprar doença. Vale a pena aplicar o sábio conselho de Jesus “Devemos ser mansos como as pombas, mas prudentes como as serpentes”; crer por crer é perigoso e doentio; daí, um dos medicamentos definitivos para a cura é a reflexão constante.

Como tudo é cíclico, renovável e momentâneo convido o paciente a tentar livrar-se das fixações mentais e dos velhos conceitos, em especial, quando se fala de doenças.
Quando nos guiamos pela observação das leis da vida fica claro que não existe moléstia incurável nem saúde e felicidade estática.
Ninguém nasceu condenado a nada, sempre há muito a ser feito e quando se rotula alguém de incurável, cabe questionar:
Por quem?
Em que espaço de tempo?
Sob que condições?

Nada é definitivo, tudo é dinâmico e algumas partes das nossas observações nunca estarão concluídas; pois, embora as leis que regem a vida sejam imutáveis; é preciso reconsiderar a realidade a cada momento à luz de novos fatos e de novas interpretações; quando não o fazemos criamos fixações mentais que propiciam sofrer, doenças e morte; inclusive neste exato momento, alguém pode oferecer novas explicações ao que aqui está formulado; e capazes de influenciar esta visão de mundo, reorganizar este pensamento, demolindo estes velhos conceitos.

Buscar e integrar novos conhecimentos ao cotidiano é uma prática saudável.

Tradicionalmente a doença é vista como algo impessoal, fortuito e ocasional; tentamos negar nossa participação na sua origem; tanto que a diretriz das pesquisas está sempre assentada na busca de culpados externos ao indivíduo: DNA, vírus, bactérias, acidentes, etc.

Também na busca da cura, quando doentes, nós procuramos entregar o raciocínio diagnóstico a resultados de exames; e a decisões dos profissionais, sempre na tentativa de fugirmos da responsabilidade.

Pacientes dotados de visão de mundo extremamente materialista, e os muito rígidos em reformar conceitos terão dificuldades em finalizar em continuar.

Por outro lado, quem passar pela minha sala nunca mais será o mesmo.
Isso; eu posso garantir com certeza.
 
Gratidão aos pacientes que sempre me ensinaram mais do que os livros...

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