sábado, 19 de fevereiro de 2011

VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?

Não?
Nem eu!

Acho que sou eu; fulano de tal – mas, não lembro.
- Sobre o que estamos falando mesmo?

Quem ainda não recebeu o rótulo de DDA ou até de DDAH pode colocar uma etiqueta na testa ou colar no RG.

Aderindo á linha do faça você mesmo: é possível e mais em conta fazer o próprio diagnóstico de qual rótulo vai usar – além disso, serve como terapia ocupacional:

Algumas características básicas do DDA:

São afetados por todos os tipos de estímulos externos, sendo incapazes de inibir sua necessidade de dispersão; eles não conseguem fixar sua atenção em algo por muito tempo; elas se fixam tanto nos detalhes quanto no conjunto, mas qualquer atividade ordenada lhes causa fadiga (tem acordado cansado?).
Tem sua atenção no que estão fazendo tirada por estímulos que outros nem sequer chegam a perceber como a buzina de um automóvel, o vôo de um inseto, a vitrine de uma loja.
Quando fazem compras encantam-se com os preços e os apelos; mas, não conseguem focar quanto de dinheiro está disponível – alguns nem sabem quanto ganham nem quanto gastam. Adoram esquecer os avisos de cobrança e a correspondência bancária.
Quando ainda crianças, numa sala de aula são capazes de se encantar com detalhes num lápis ou numa borracha que as outras crianças nem notam.
Esquecem-se com freqüência dos detalhes de suas atividades diárias. Nas relações sociais, a desatenção pode manifestar-se por freqüentes mudanças de assunto, por não serem capazes de fixar-se naquilo que está sendo falado e por se distraírem com tudo o que os cerca.

Por funcionarem em curto-circuito, estão sempre aptos a realizarem muito bem tarefas que requeiram muita energia em pouco tempo. Quando focados, irradiam tanta energia no que fazem que acabam contaminando os que estão à sua volta; por curto espaço de tempo.

Quando em idade escolar freqüentemente transformam-se num foco de perturbação, para a execução de qualquer tarefa que exija um esforço constante de atenção e de elaboração mental; ocasionam conflitos com os professores, com a escola e dentro da família. Quase sempre pais e educadores por falta de conhecimento do problema interpretam esse distúrbio como um ato voluntário; devido a isso, essas crianças são ajudadas ou tratadas de forma inadequada. Adultos, no trabalho vivem arrumando idéias para que os outros executem, enquanto viajam na Net, Orkut, etc.

Sinais que podem conduzir ao diagnóstico precoce da SDAH

a) No bebê alguns sinais podem indicar um possível desenvolvimento da SDHA mais tardio como: períodos de sono mais curtos; despertar várias vezes à noite; chorar sem motivo aparente; cólicas abdominais freqüentes e mais fortes que o habitual; alto grau de insatisfação e desconforto. Os bebês e as crianças pré/escolares hiperativas diferem das crianças ativas por estarem constantemente inquietas e envolvidas com tudo que ocorre ao seu redor, movem-se o tempo todo e rapidamente, correndo de um lugar para outro, subindo em móveis, os maiores apresentam dificuldades para trabalhos em grupo durante a pré/escola (atender a uma ordem, sentar-se para ouvir uma história, etc.).
b) As crianças em idade escolar têm comportamentos parecidos; mas em geral com menos intensidade e freqüência que os bebês e os pré/escolares. Tem dificuldades em permanecer sentadas durante a refeição, enquanto fazem lições ou assistem a um programa de televisão. Manuseiam objetos compulsivamente e batem com as mãos ao mesmo tempo, que balançam pernas e braços. Com freqüência falam demais e podem fazer ruídos durante atividades tranqüilas. São impulsivos e impacientes. Não protelam respostas, que são proferidas antes mesmo das perguntas terem sido completadas. Não conseguem aguardar sua vez, invadem com freqüência ambientes como consultórios médicos onde estão sendo consultados outros pacientes que os antecedem. Interrompem a conversa dos outros. Costumam agarrar objetos de outras pessoas, tocam em coisas sem permissão e fazem palhaçadas para chamar a atenção. Por não conseguirem controlar seus impulsos correm sempre riscos de provocar ou sofrer acidentes (como por exemplo, derrubar objetos e colidir com pessoas, segurar e deixar cair objetos quentes – Ocê ainda faz isso? rsss). Essas manifestações de comportamento estão sempre presentes em qualquer local onde se encontrem – vale a pena transferir essas situações para as que se manifestam ainda presentes, na vida adulta – dá para diagnosticar em que fase nós “ancoramos” no comportamento infantil.
c) Em adolescentes e adultos, por contenção própria ou educacional, estes sintomas assumem a forma de sensações de inquietação e ansiedade exacerbada e dificuldade para se envolver com atividades tranqüilas ou sedentárias.

A que diagnóstico chegou de si mesmo?
Tem interesse na cura?

Quem é você mesmo?
Sobre o que estávamos falando?
Ah!
Sobre lindas “abobrinhas mentais”.
Já conversou com Jesus Cristo hoje?
Qual deles?
- Ah! Aquele lá do canto á esquerda!
Nossa viu o cabelo da Maria Madalena hoje? – Que horror!
Achei que ela tá lindinha; até me deu esta flor!
Cadê ela?
Ocê pegou!
- Peraí
– Menos!
– Ocê sabe com quem está falando?
- Seu Gardenal!
- Da Silva – Por favor!

Estilo de bate papo comum nos antigos manicômios – breve, nas esquinas da vida cotidiana.

Desacelerar é uma boa.

Antes que me esqueça:
DERROTADOS PELO PESO (5)
http://educarparaummundonovo.blogspot.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia Dr!

Uma breve visita para o recadinho, como sempre.
Essa é a alegria que gostamos! Textos leves com salutares brincadeiras e recheados de ensinamento e orientação.
Quem sabe a filha que vos escreve aprenda, de uma vez, a continuar criança no coração, mas largando o lápis de cor e a brincadeira de roda.
Muita luz Dr., e obrigado.

Marli de Azevedo Jácomo

Américo Canhoto disse...

Marli.
Uma vez um amigo espiritual disse que eu deveria brincar mais levar a vida de forma mais leve.
Levei demais a sério o conselho - hoje brinco com coisas sérias e levo a sério demais as brincadeiras.
Obrigado pela interação.

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