domingo, 21 de novembro de 2010

NÃO LEVE O “TRABALHO” PARA CASA – NINGUÉM MERECE




Enterre seus “ossinhos profissionais” da semana na sexta e cavuque para devorá-los na segunda.

Somos “educados” quase que exclusivamente para a vida profissional com a qual, por sinal, mantemos uma relação bastante esquizofrênica. Boa parte de nós, em muitas ocasiões, ao longo da vida sente-se na profissão errada e no lugar errado; insatisfeitos, desmotivados – isso, quando temos trabalho, emprego.
A concorrência é tremenda; e se no planeta ainda não há justiça equitativa e igualdade de oportunidades; na vida profissional, a concorrência beira a delinqüência sob a chancela do marketing pessoal e empresarial. Conciliar valores próprios com o de muitas corporações leva muita gente ao médico e ao analista; outros ao cemitério; e a família ao hospício.
Todo mundo, queixa-se da chefia; quando não está na posição de.

Incontáveis são os motivos que nos obrigam a permanecer numa profissão ou no trabalho em que hora nos encontramos – nosso assunto de hoje são os efeitos colaterais do trabalho que afetam os em torno, especialmente os amores e a família.

Dentre elas:
A mais moderna das sensações afetivas é a de solidão.
Caso estejamos nos sentindo mal amados, incompreendidos, é hora de revisar, dentre outras coisas, o que o trabalho está afetando nossa vida afetiva e familiar.

Não há como negar, o fluxo dos acontecimentos está cada vez mais acelerado, ninguém tem tempo para ninguém, portanto, é natural que, a sensação de isolamento e de estar só, torne-se cada vez mais forte, e perigosa para a sanidade em todos os seus aspectos, também.
Estudos comprovam que as pessoas que tem muitos amigos, parentes e laços sociais, podem ter uma vida mais longa e de melhor qualidade se comparadas com os que vivem de forma mais isolada e de mal com a vida. Outros estudos mostram que, pessoas separadas (muitas vezes é pior a separação estando junto) ou divorciadas (divórcio de objetivos comuns, de cumplicidade) têm maiores índices de doenças em comparação com os que comungam uma vida a dois na sua possível plenitude.
Esse tipo de pesquisa é como chover no molhado; pois já é sabido que nosso pensar/sentir/agir é uma onda de energia que interage com as dos outros e que retorna ao emissor, um bumerangue; quem só pensa em si mesmo, acaba isolando-se do resto e, detém o fluxo de energia que representa a própria vida, a troca o amor. No caso em questão: o solitário torna-se um sujeito problemático, um tipo de doente psicológico que se afasta dos outros sem trocar energias e, que impede que as pessoas se aproximem dele; e quando é impossível o isolamento, até adoeçam.

O estilo de vida acelerado que adotamos, nos leva a ampliarmos e a fixarmos a atenção apenas em nós mesmos, nas nossas necessidades ou nas dos nossos; ou ignorando-as por completo. Na vida laboral, poucos dispõem de tempo para as pessoas em torno; muitos até deixaram de ter tempo para si; e dedicam-se a cultuar e a viver apenas para coisas impessoais, como instituições ou empresas. A educação que preconiza e cultua a neurose de competir para sobrepujar o outro a qualquer preço e a qualquer custo, colabora para acelerar a solidão compulsória que gera kharma. Sua empresa é campeã de queixas nos organismos de defesa do consumidor; saiba que perante a Justiça Natural, você é comparsa - Atenuantes? – Claro! – Mas, o que fazemos para melhorar? – Manter o emprego? – Usemos as desculpas e justificativas que melhor nos servir no momento – Mas, e como sustentá-las no tribunal da consciência? – Será que não estou fazendo com meus familiares, o que faço com meus clientes, chefes, subordinados?
A cultura das coisas descartáveis passa a ser aplicada também nas pessoas em torno (antigos amores) que se tornam descartáveis quando deixam de atender aos nossos interesses mais imediatos: vida profissional. Uma das conseqüências desse estilo de vida é o clima de insegurança e de medo que leva uns a desconfiarem dos outros em todos os segmentos da vida.

Se nós descarregamos nas pessoas que nos cercam tudo que envolve nosso ambiente de trabalho: cobranças indevidas, violência subliminar e verbal, descaso, desrespeito á nossa dignidade, falta de ética, suborno, chantagem, propina, maledicência – jamais, sob pena de severas punições no tribunal futuro da consciência devemos dizer que as amamos.

Amor é um conceito sagrado.

Pois, o mínimo que se espera de um ser humano na atualidade que evoca o querer bem, até o amar:
O AMOR EXIGE RESPEITO.

Quando dizemos que amamos algo ou alguém, e, se esse dito; não é da boca/para/fora, está implícito que respeitamos esse algo ou alguém. Respeitar a natureza não é apenas não destruí-la, à vista dos outros ou não. Respeitar o outro, não é apenas um comportamento de boa educação ou de civilidade – tal e qual na bazófia: O cliente tem sempre razão (desde que não mexa no meu bolso – não afete meus interesses).
É muito mais do que isso.

O respeito manifesta-se de muitas formas

• Compreensão. É preciso que se compreenda aquilo que pretendemos respeitar, caso contrário, ao invés de respeito é medo. Respeito não é temor. É por isso que, o ignorante não é capaz de respeitar nada nem ninguém – como as pessoas psicopatas que são maravilhosas no trabalho e carrascos em seus lares. A pessoa temente a Deus, ainda não o respeita, nem o ama porque ainda não o compreende.
• Estudo. É preciso que se conheça aquilo a que devemos nosso respeito. Respeitar é uma atitude consciente. Não se pode respeitar aquilo que não conhecemos bem. Quem são os que compartilham comigo a vida? O que pretendem? Quem são eles? Quais suas necessidades? Seus valores?...
• Aceitação. O respeito exige aceitar o outro como ele é, sem perder tempo em tentar modificá-lo. Aceitação não é algo passivo, inerte. Aceitar significa não perder tempo tentando modificar o outro sem que ele já o deseje. Pois, só temos o direito de modificar os outros quando eles nos solicitarem e permitirem.
• Humildade. Conhecer seu próprio valor é a marca registrada do humilde. Somente quem se conhece e respeita não teme. A aceitação do outro também depende do desenvolver de uma série de qualidades humanas como: a paciência, a tolerância etc.

Não transfira seus problemas de vida profissional para a vida dos em torno; pois, isso vai te custar muito caro. Muito mais do que possas imaginar...
Mais grave ainda é o que fazemos com os outros no trabalho de matar dez leões por dia, e que afetará a vida de alguns, dezenas, centenas, milhares, milhões...
O amigo é um simples assalariado? – Compromisso com alguns, apenas.
Funcionário Público? – Compromisso com milhares ou milhões.
Pequeno empresário? – Afeta a vida de algumas dezenas.
Grande empresário? – Responsabilidade proporcional.
Diretor de grandes multinacionais – Progressão geométrica.
Governante? – sem comentário.

Responsabilidades existenciais á parte – nosso assunto de hoje: os em torno – A NOSSA família e demais derivações contemporâneas e extemporâneas. O que fazemos com a família dos outros é, outro grave problema a ser debatido.

NÃO LEVE O SEU TRABALHO PARA CASA: NINGUÉM MERECE SEUS OSSINHOS DO DIA A DIA DA SUA VIDA PROFISSIONAL – APRENDA A ROÊ-LOS NO SILÊNCIO DE SUA CONSCIÊNCIA...

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, Américo
Obrigada pela inspiração!

Observando a evolução dos pinguinhos de gente, percebo a importância do entorno deles.

Onde existe a empatia do Amar=ação consciênte e compatível ao instante real,há respeito mútuo no espaço comum.
E,vice-versa...

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