quarta-feira, 2 de junho de 2010

DOENÇAS DA VIDA MODERNA - Fobia social

Vivemos na Era da ansiedade e do medo. Claro que há medos e medos. Mas, somos induzidos a desconfiar de tudo e de todos; a ponto de algumas pessoas terem medo até da própria sombra. Além da perda da qualidade de vida; essa postura de desconfiança dá uma canseira dos diabos; pois, alerta total o tempo todo; ninguém merece.

Segundo o manual do fabricante; somos seres interativos, inseparáveis, não descartáveis; mas no manicômio Terra: o pavor de conviver com o próximo já atinge mais de dez por cento da população mundial. Para essa turma, o contato com o mundo exterior e a convivência social é algo penoso e sofrido; e até as coisas simples da vida cotidiana podem transformar-se num pesadelo.

Tem gente que apresenta a tendência a se suscetível, crédulo e manipulável de forma natural; mas, é inegável que a mídia acentue, medos, fobias e paranóias, na divulgação maciça e repetitiva de notícias de desastres, violência, perseguições étnicas e sociais, em determinados países.
A atuação da indústria da informação, também contribui muito para reforçar preconceitos; que envolve aparência física, origem, cor da pele, religião, etc.

A insegurança e o medo são marcas registradas da personalidade dessas pessoas; que recebeu o reforço do sistema educacional.
Um dos pilares da educação tradicional sempre foi o medo; pois, é através dele que os menos lentos no pensar dominam os mais lerdos. Num passado não muito distante, uma das formas de manter as crianças “bem comportadas” sempre foi o medo; até as letras das músicas infantis e das canções de ninar amedrontavam.

Um rico filão que a indústria da cura explora com muita eficiência é o medo das pessoas com relação a algumas doenças da moda; criando uma verdadeira paranóia coletiva.

Como não poderia deixar de ser; na turma dos fóbicos predomina os tímidos; pois, uma das bases do medo de conviver; também é receber uma avaliação negativa dos outros.
Costumam ser perfeccionistas – outra das muitas facetas do orgulho (o que exige perfeição em tudo que faz; não tolera ser pego em erro e cobrado pelas outras pessoas; claro que crítico como é, cobra de deus e do mundo).

Os que sofrem de fobia social também sofrem de baixa auto-estima. Projetam nos outros suas neuras e medos; daí sentem-se isolados. Sua maneira de ser e de se portar; leva as outras pessoas a descartá-las com facilidade da convivência social e até no trabalho; pois, sua forma defensiva constante de agir os faz parecer orgulhosos, distantes e arrogantes.

Essa doença do comportamento toma posse da mente e se cristaliza como comportamento aos poucos.
O fóbico social sofre antecipadamente frente à possibilidade de se relacionar com pessoas; e ante a perspectiva de ser avaliado.

Seguindo um padrão de repetição a fobia pode tornar-se específica a determinadas pessoas, situações ou generalizar-se.

Um dos recursos defensivos que os fóbicos de convivência usam é a tentativa de isolar-se, o que, breve torna-os solitários doentios. O tímido cria suas cercas íntimas já o fóbico tende a criar verdadeiros paredões.

Uma das diferenças entre o tímido e o fóbico social é que este sofre por antecipação; alguns deles inventam situações nas quais teriam que se expor à avaliação dos outros; até sofrendo e adoecendo devido a essa ilusão paranóica.

Era inevitável que os mais fóbicos adoeçam mais do que os outros; eté pelo aumento do estresse.
Parece uma coisa muito maluca, mas quando inventamos situações mentais que não existem enganamos o nosso corpo que prepara o sistema de defesa liberando de forma contínua alguns hormônios; e desencadeando reações químicas que podem criar uma série de doenças de mau funcionamento dos órgãos e até doenças de lesão orgânica como pólipos, câncer, etc.

Antídoto?
Aprender a aceitar as diferenças e desenvolver a coragem de respeitar até aprender a amar.
Claro que devemos ser mansos como as pombas – mas, prudentes como as serpentes.

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